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Trump reúne-se com líderes das tecnológicas e abre a porta a novos contactos
Donald Trump reuniu-se com os líderes das grandes empresas tecnológicas norte-americanas e em cima da mesa terão estado a formação profissional, a imigração e o comércio com a China.
O próximo inquilino da Casa Branca, Donald Trump, esteve ontem reunido com várias empresas tecnológicas norte-americanas, talvez numa tentativa de deixar para trás os conflitos do passado. A imprensa internacional escreve que o presidente eleito adiantou que estava reunido "para ajudar" estas empresas, que estão entre as mais valiosas dos EUA.
Muitas das grandes tecnológicas norte-americanas estão localizadas em São Francisco, mais concretamente em Silicon Valley. Durante a campanha para as últimas eleições presidenciais, Silicon Valley era maioritariamente a favor da candidata democrata, Hillary Clinton. Donald Trump também não se manifestou muito "amigo" destas companhias. Chegou a apontar o dedo às práticas destas empresas, querendo que a Apple interrompa a produção de telefones na China, e afirmou que o CEO da Amazon, Jeff Bezos, comprou o jornal Washington Post para exercer poder político e evitar pagar impostos.
Em resposta, Silicon Valley evitou Trump e tudo o que ele defendia. Mobilizou a sua tecnologia para a sua derrota e alertou para as consequências que adviriam com uma vitória do candidato republicano.
Numa possível manifestação de reconhecimento face ao peso que o sector para economia norte-americana, Trump chamou estes líderes à Trump Tower, em Nova Iorque, onde tem baseada a sua equipa de transição. De acordo com o The New York Times, o presidente eleito elogiou os CEO das tecnológicas afirmando: "Não há ninguém com vocês no mundo. (...) No mundo! Não há ninguém como as pessoas que estão nesta sala", salientou e acrescentou que o que o Governo vai estar disponível para ajudá-las.
"Não temos aqui uma cadeia hierárquica formal", disse ainda o presidente eleito, citado pelo The Guardian. "Telefonem para o meu pessoal" e "liguem para mim". "Vamos fazer com que seja muito mais fácil para vocês o comércio transfronteiriço", acrescentou.
Os primeiros minutos do encontro foram presenciados pela imprensa. Mas, após a saída da imprensa, e de acordo com vários executivos presentes no encontro que pediram o anonimato citados pelo The New York Times, a formação profissional e a necessidade alargar desta formação, bem como o perigo do comércio com a China e a imigração (Trump quer "pessoas inteligentes e talentosas aqui" [EUA]).
Há também planos para encontros trimestrais entre um pequeno grupo de executivos das empresas tecnológicas e a administração Trump, encontros que serão focados nas questões da imigração e educação. Algo que deverá ser organizado pelo genro de Trump, Jared Kushner, que estava também na reunião. Entre os familiares de Trump, os filhos Donald Jr., Ivanka e Eric estiveram também no encontro.
O CEO da Amazon, Jeff Bezos, emitiu um comunicado a seguir ao encontro. Classificou a reunião como "muito produtiva". "Partilho da visão que a administração deve ter como um dos pilares fundamentais a inovação, algo que pode criar um elevado número de empregos por todo o país, em todos os sectores, não apenas em tecnologia", acrescentou citado pelo jornal norte-americano.