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Trump bloqueia compra da Qualcomm pela Broadcom

O presidente norte-americano, Donald Trump, bloqueou a oferta de 142 mil milhões de dólares da Broadcom pela compra da fabricante de microprocessadores Qualcomm.

Reuters
12 de Março de 2018 às 23:56
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A batalha de quatro meses da Broadcom, sediada em Singapura, pela compra da sua rival norte-americana Qualcomm – que fabrica chips para dispositivos móveis – termina com um sabor amargo, avançou o Financial Times, apontando que Donald Trump vetou o negócio avaliado em 142 mil milhões de dólares (115,3 mil milhões de euros).

 

O namoro não deu frutos e a Broadcom vê gorados os seus intentos, ficando com um sabor agridoce na boca. O presidente norte-americano, numa declaração feita esta segunda-feira a partir da Casa Branca, afirmou que o negócio ameaçava "prejudicar a segurança nacional" dos EUA.

 

Trump diz que decidiu acatar esses receios na sua decisão, receios esses que tinham sido manifestados pela Comissão norte-americana sobre o investimento estrangeiro nos EUA.

 

Em inícios de Fevereiro, a Qualcomm tinha também rejeirado, pela segunda vez, a oferta de aquisição da Broadcom, que nessa altura já tinha sido melhorada em 17%.

 

O primeiro "chumbo" tinha acontecido no passado dia 13 de Novembro, estando a oferta nessa altura avaliada em 103 mil milhões de dólares – e tendo a Qualcomm considerado que a empresa estava a ser avaliada abaixo do seu valor real.

 

Nessa altura, o CEO da Broadcom, Hock Tan, declarou que estava preparado para uma guerra e várias pessoas conhecedoras do processo afirmaram à Reuters que a tecnológica se estava a preparar para avançar com uma proposta para nomear administradores da Qualcomm – tendo mesmo ameaçado destituir os que se opusessem à OPA, isto se conseguisse comprar a empresa.

 

Com efeito, apesar destas "negas", a Broadcom não desistiu da fusão com a sua rival, uma operação que criaria uma das maiores empresas na área dos microprocessadores e que constituiria a maior aquisição na história deste sector. Mas a empresa viu agora a sua proposta recusada em instâncias mais altas.

 

Fica, pois, afastada a criação deste novo gigante do sector tecnológico, com forte presença no fabrico de várias das componentes para telefones, servidores e outros dispositivos electrónicos.

 

No ranking das fabricantes mundiais de "chips", a empresa resultante desta fusão surgiria em terceiro lugar, atrás da Intel e da Samsung Electronics, embora estas duas estejam mais focadas nos microprocessadores para computadores e a Qualcomm para "smartphones", onde é líder de mercado.

 

(notícia actualizada às 00:26 de 13 de Março)

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