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“Tablets” e “smatphones” penalizam tecnológicas que ainda apostam nos PC
Apesar da queda nas vendas dos PC e de não ter registado crescimento na venda do Windows, a Microsoft registou um resultado líquido acima do esperado.
O resultado líquido da Microsoft subiu 19% para os 6,06 mil milhões de dólares (4.643 mil milhões de euros), ou 0,72 dólares por acção, divulgou quinta-feira a gigante da tecnologia liderada por Steve Ballmer. Os analistas consultados pela Bloomberg estimavam 0,68 dólares, por acção. As receitas subiram 18% para 20,5 mil milhões dólares.
A penalizar tecnológicas como a Mircosoft e a IBM está o facto de consumidores individuais e empresas privilegiarem cada vez mais os dispositivos móveis, face aos computadores pessoais.
Os dados do último trimestre mostram que a Microsoft não registou crescimento nas vendas do Windows no período. Já a IBM tenta aumentar as vendas de “hardware” e encontra no facto de um número crescente de empresas permitir que os trabalhadores levem as suas próprias máquinas, um problema. Um estudo do Citigroup junto de 260 empresas, divulgado no início de Abril, concluiu que um quinto dos inquiridos apoiam esta medida.
Na última semana, a IDC revelou que as vendas de PC caíram 14% no primeiro trimestre de 2013, o pior resultado desde que a consultora começou a recolher dados, em 1994.
A Microsoft não está a ser suficientemente rápida a pôr termo na confiança que deposita nos computadores tradicionais, afirmou Brent Thill, analista do UBS Investment Bank, segundo a Bloomberg.
Peter Klein, responsável pelo sector financeiro da Microsoft, admite que “consumidores e empresas estão focar-se cada vez mais no contacto e na mobilidade”.
Dados da IDC mostram ainda que várias empresas preferem instalar o Windows 7, em PC que já possuem do que comprar novos dispositivos com o último sistema operativo da Microsoft: o Windows 8.
Os resultados do último trimestre evidenciam a dificuldade que as tecnológicas enfrentam em recuperar uma nova geração de consumidores para quem a primeira escolha passa por um “smartphone” ou um “tablet”, explica a agência norte-americana.
Ainda este ano os “tablet” atingirão os 240 milhões de unidades, ultrapassando os 207 milhões de “notebook” estimados, segundo dados da consultora NPD DisplaySearch, citados pela Bloomberg.