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Portugueses da IKI Mobile constroem fábrica de telemóveis em Angola

A marca portuguesa de telemóveis vai fazer um investimento de de 2,6 milhões de euros na construção de uma fábrica em Luanda, capital de Angola. O objectivo é conquistar o mercado da África Austral.

15 de Novembro de 2016 às 16:26
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A IKI Mobile, marca portuguesa de telemóveis, está a construir uma fábrica em Angola, um investimento de 2,9 milhões de dólares (cerca de 2,6 milhões de euros), disse à Lusa o presidente executivo, Tito Cardoso.

A marca foi lançada a 17 de Novembro de 2015 e previa uma unidade em Coruche, Santarém, a funcionar em 2018. Tito Cardoso disse que o objectivo de uma unidade em Coruche se mantém, mas que é um processo que tem o seu tempo.

 

A IKI Mobile candidatou-se aos apoios do Portugal 2020, que "tem as suas limitações próprias", apontou, explicando que no total foram feitas três candidaturas e estão a decorrer reuniões com o presidente da câmara de Coruche e outras entidades competentes.

 

"Entretanto, decidimos avançar com construção" de uma fábrica em Angola que vai servir o mercado SADC - Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, "um mercado que abrange mais de 300 milhões de pessoas", adiantou.

 

"O objectivo foi estratégico. Além de sermos a marca que mais vende em Angola, queremos apostar no mercado que apostou em nós", disse, salientando que a IKI Mobile vai criar postos de trabalho para os angolanos.

 

Esta unidade, que está a ser construída desde Agosto em Benfica/Luanda, resulta de "um investimento de 2,9 milhões de dólares" e será dirigida para o mercado interno e para a exportação para os mercados SADC.

 

A conclusão da sua construção está prevista para Abril do próximo ano. Nesta unidade, os telemóveis serão montados e não produzidos de raiz.

 

"Vamos fazer 'assemblagem' [montagem] do produto", sendo que a unidade "tem capacidade de 400 mil telemóveis por mês, que é a capacidade máxima", e inclui uma possível expansão da fábrica, acrescentou.

 

No caso da futura unidade de Coruche, esta será diferente, já que irá incluir um laboratório e terá um processo "mais industrializado", estando prevista a criação de 250 postos de trabalho.

 

O processo "não depende de nós", salientou, explicando que a zona industrial de Coruche "é nova e necessita de infraestruturas".

 

Tito Cardoso sublinhou que a câmara de Coruche "está empenhada", mas falta ainda a resposta às candidaturas ao Portugal 2020.

 

O gestor admitiu ainda a possibilidade de haver uma unidade fabril no Brasil.

 

"Temos uma empresa que nos contactou e quer vender o nosso produto no Brasil", disse, salientando que naquele mercado poderá haver um processo semelhante ao de Angola, "mas mais dirigido para o mercado interno".

 

Em Cabo Verde, "também fomos convidados a construir uma fábrica, o convite foi muito interessante, temos uma visita agendada", mas não está nada fechado, disse. No entanto, garantiu: "Temos interesse em apostar em Cabo Verde".

 

Questionado sobre a Turquia, país que tinha manifestado interesse em que a IKI Mobile tivesse uma unidade no seu mercado, Tito Cardoso disse que não está descartado, apontando que Ancara tem "questões políticas que tem resolver internamente".

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