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Portuguesa Sword Health chega a unicórnio com ronda de investimento de 167 milhões de euros
Portugal tem agora meia dúzia de unicórnios, empresas não cotadas avaliadas em mais de mil milhões de dólares. A Sword Health é o novo unicórnio português, após fechar uma ronda de investimento de 189 milhões de dólares (cerca de 167,6 milhões de euros).
A Sword Health é o sexto unicórnio com ADN português. A startup portuguesa fechou uma ronda de investimento série D no valor de 189 milhões de dólares (cerca de 167,6 milhões de euros à atual conversão). Desta forma, a avaliação da empresa está agora situada nos dois mil milhões de dólares.
A ronda de financiamento foi liderada pela Sapphire Ventures, com a participação de novos e atuais investidores, como a General Catalyst, a Transformation Capital, a Khosla Ventures, a Founders Fund, a Bond, a Green Innovations, entre outros, é indicado em comunicado.
A Sword Health junta-se ao clube dos unicórnios com ADN português, que conta já com a Farfetch, Outsystems, Talkdesk, Feedzai e Remote.
A empresa criou uma solução digital para o tratamento de patologias músculo-esqueléticas, que está a ser usada em vários mercados, nomeadamente nos Estados Unidos. Criada em 2015 por Virgílio Bento, tem sede tecnológica no Porto. A startup indica que esta ronda de investimento permitirá "acelerar a expansão global, intensificar o desenvolvimento de novas terapias digitais e recrutar 300 colaboradores em Portugal e globalmente durante os próximos meses".
Este financiamento surge depois de a empresa ter fechado um investimento de 25 milhões de dólares numa ronda série B, em janeiro deste ano, e outra de 85 milhões de dólares numa ronda série C, de junho.
"Criei a Sword depois de uma experiência pessoal traumática onde vi e vivi os desafios que as famílias enfrentam quando têm de garantir a recuperação física de um familiar", diz Virgílio Bento, fundador e CEO da Sword Health.
O irmão de Virgílio Bento, o fundador desta startup, esteve envolvido num acidente em 1994 e não teve possibilidade de aceder a terapia física para recuperar. Com formação na área da engenharia elétrica, Bento viu, anos mais tarde, uma oportunidade para encontrar uma solução alternativa nesta área e desenvolveu uma solução e uma plataforma focada nas patologias músculo-esqueléticas.
A startup estima que existam mais de dois mil milhões de pessoas afetadas por este tipo de patologias e dor crónica a nível global, trabalhando naquilo que defende ser o "democratizar do acesso a cuidados de saúde de qualidade". Para que tal aconteça, a startup desenvolveu uma tecnologia que junta a inteligência artificial a sensores, para que um paciente possa cumprir um plano de fisioterapia adaptado às suas necessidades, sem sair de casa.
O plano de trabalho é definido com a ajuda de uma consulta digital com um profissional, através de videochamada ou chamada de voz. O cliente recebe um kit onde estão incluídos os sensores e um tablet para poder fazer os exercícios definidos. A empresa estima que, desta forma, seja possível poupar "até 34% nos custos de saúde". Os sensores permitem verificar se os exercícios estão a ser realizados da forma correta e, em caso de necessidade, adaptar os programas. Por cá, a solução da empresa é já utilizada por algumas seguradoras de saúde, como é o caso da Médis.
"Tem sido verdadeiramente gratificante ver o impacto que a Sword está a ter em milhares de pessoas em todo o mundo", afirma Virgílio Bento, em comunicado. "Com esta nova ronda de financiamento, vamos acelerar a criação de valor para os nossos clientes, à medida que continuamos a construir a principal solução digital para tratamento de patologias músculo-esqueléticas no mundo dos cuidados de saúde, disponível em qualquer lugar e para todos", reforça o fundador.
(notícia atualizada)