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Lucros da Samsung registam maior queda em quatro anos arrastados pelos chips

A tecnológica sul coreana confirmou os receios para os quais já havia alertado através de um profit warning: os lucros estão em queda sobretudo devido a perturbações na venda de chips.

7º Samsung
Kim Hong-Ji/Reuters
05 de Abril de 2019 às 11:18
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A Samsung revelou que os resultados operacionais obtidos no primeiro trimestre deste ano mostram a maior quebra dos últimos quatro anos. A descida no preço dos chips e o abrandamento das vendas de smartphones estão a pesar nas contas da tecnológica.

 

Os proveitos operacionais da Samsung deslizaram 60% para cerca de 6,2 biliões de won (4,9 mil milhões de euros) entre janeiro e março, apontam as contas preliminares avançadas pela empresa coreana esta sexta-feira, 5 de abril.

 

A queda foi mais pronunciada do que era esperado pelos analistas, cuja média de estimativas apontava para uma descida de 56%. A redução de encomendas da parte dos centros de dados da Amazon e de empresas como a Apple também prejudicaram as contas.

 

Em declarações à Bloomberg TV, um analista da Kiwoom Securities, Daniel Yoo, afirmou que a expectativa é que a procura por tecnologia acelere o passo no segundo semestre. Outro fator que pode vir a animar os resultados até junho é a venda dos telemóveis dobráveis da marca coreana, as quais o mesmo analista projeta que superem as expectativas.  

 

A Samsung já tinha prevenido os investidores para resultados menos animadores no mês passado, quando emitiu um profit warning admitindo um abalo nos lucros do primeiro trimestre. A Samsung é a líder mundial das vendas de smartphones mas a grande fatia dos lucros vem da venda de chips, pelo que contava sofrer nestas duas frentes. A tecnológica sul coreana fez este anúncio dois meses após a Apple ter avançado o primeiro profit warning desde 2002, sendo a "gigante da maçã" um dos compradores dos ecrãs vendidos pela Samsung.

 

As ações da Samsung estão a ceder 0,5% esta sexta-feira. A empresa mantém, contudo, um registo positivo com 21% de ganhos no acumular do ano, seguindo a tendência de 24% de aumento nas cotações que se verificou no ano anterior.

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