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Lucros da Glintt Global crescem 42,5% para 3,6 milhões até setembro

Volume de negócios da tecnológica especializada no setor da saúde foi de 90,6 milhões de euros até setembro, refletindo uma dinâmica distinta dentro e fora de portas: no mercado internacional, essencialmente em Espanha, a faturação cresceu 7,4%, enquanto no nacional diminuiu 2,6%.

Luís Cocco, CEO da Glintt há cerca de um ano, garante que a empresa está atenta a oportunidades de aquisições.
Bruno Colaço
06 de Novembro de 2024 às 17:11
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A tecnológica portuguesa Glintt Global anunciou, esta quarta-feira, que os resultados líquidos ascenderam a 3,6 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, traduzindo um crescimento de 42,5% face a igual período de 2023.


Em comunicado, enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa diz que a evolução decorre do "impacto das variações positivas" das rubricas relativas às perdas por imparidade e às depreciações e amortizações, as quais atribui ao "sucesso das políticas internas implementadas, a par com a reorganização societária ocorrida, que permitiu uma maior adequação fiscal", que diz ser "visível" na componente do imposto sobre lucros. Em sentido inverso, complementa, "verificou-se um ligeiro aumento nos encargos financeiros, fruto do comportamento das taxas de juro".

O volume de negócios consolidado manteve-se praticamente inalterado, alcançando 90,6 milhões de euros até setembro (+ 0,6%). A tecnológica especializada no setor da saúde, detida em 75% pela Associação Nacional de Farmácias, dá conta, no entanto, de uma dinâmica distinta dentro e fora de portas: no mercado internacional, essencialmente em Espanha, a faturação cresceu 7,4%, enquanto no nacional diminuiu 2,6%.


"No mercado nacional, ainda assim, destaca-se a área de 'Equipments & Automation', com um incremento na venda de equipamentos e de robôs para farmácias, bem como a área de 'Tech Consulting & Data', de Consultoria Tecnológica", realça. Já a evolução no mercado internacional foi fruto de "crescimento orgânico fundamentalmente nas áreas da Glintt Life Espanha, ou seja, na área de Farmácia e na área Hospitalar, quer na venda de projetos de desenvolvimento aplicacional quer na venda e instalação de equipamentos", explica no mesmo comunicado.


"Esta boa performance verificada na venda e instalação de robôs, quer no mercado nacional, quer internacional, justifica a evolução favorável da componente de vendas na composição do volume de negócios, a par com a venda de equipamentos hospitalares", realça.

O EBITDA (resultados antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) dos primeiros nove meses do ano foi de 15,2 milhões de euros, também em linha com o período homólogo de 2023 (-0,2%).

A Glintt Global espera "apresentar em 2024 os melhores resultados líquidos da sua história", superando o marco de 4,2 milhões de euros em 2008, ano em que consolidou a Consiste com a ParaRede, segundo afirmou, em setembro, em entrevista ao Negócios, o CEO, Luís Cocco.

A Glintt renovou, no início do ano, a sua identidade corporativa, passando a designar-se Glintt Global, um chapéu sob o qual figuram duas submarcas: a Glintt Life para o mercado da saúde (presente nos hospitais e nas farmácias em Portugal e em Espanha) e a Glintt Next para o mercado das indústrias especializadas, como telecomunicações, serviços financeiros, energia e administração pública e que corporiza a consultora
tecnológica multissectorial.

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