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Ligações à Rússia podem trazer mais sanções para a Huawei

A tecnológica chinesa enfrenta um dilema de mais sanções nos Estados Unidos devido às ligações à Rússia.

Reuters
31 de Março de 2022 às 11:31
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A Huawei poderá vir a enfrentar mais sanções nos Estados Unidos devido à ligação à Rússia. De acordo com o jornal britânico Financial Times (FT), Vladimir Putin terá recorrido à empresa para reconstruir e modernizar a infraestrutura de comunicações na Crimeia, território anexado pela Rússia em 2014. 


Anos depois, a empresa chinesa, que já foi alvo das sanções dos Estados Unidos, poderá enfrentar novas medidas punitivas devido à ligação à Rússia. O FT refere que a Huawei está posicionada para auxiliar o governo de Putin numa maior escala, numa altura em que a Rússia está cada vez mais isolada.  


Um especialista em telecomunicações consultado pelo FT refere que, num cenário em que a Nokia ou a Ericsson saiam totalmente da Rússia, Moscovo "precisaria de empresas chinesas mais do que nunca, especialmente da Huawei", disse ao jornal Hosuk Lee-Makiyama, do Centro Europeu para Política Económica Internacional. 


Até este ponto, a Huawei tem visto as vendas de smartphones aumentar na Rússia em 300%, contabiliza o FT, recorrendo a dados da primeira quinzena de março. Também empresas chinesas, como a Oppo ou a Vivo, têm visto as vendas aumentar.


Os especialistas ouvidos pelo FT apontam que empresas como a Huawei ou a Xioami, também chinesa, estão a arriscar violar as sanções determinadas pelo Ocidente se continuarem a fazer chegar telefones e equipamentos de telecom à Rússia. 


Uma vez que as sanções aplicadas pelos Estados Unidos já tiveram reflexo no negócio da Huawei, principalmente na vertente de consumo, um cenário de mais sanções vindas de Washington poderá representar um novo golpe para as operações da empresa. 

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