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Governo britânico defende acesso a serviços de mensagens encriptadas

O Governo britânico afirmou este domingo que os serviços de segurança devem ter acesso aos conteúdos das aplicações de mensagens encriptadas como o WhatsApp, após a revelação que o responsável pelo recente ataque em Londres utilizou tal serviço.

Bloomberg
26 de Março de 2017 às 15:28
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Em declarações ao canal de televisão britânico Sky News, a secretária do Interior britânica, Amber Rudd, disse ser "completamente inaceitável" que estes serviços de mensagens ofereçam encriptação de nível elevado, o que dificulta em muito o trabalho da polícia e dos serviços de segurança.

Por exemplo, quem actualizou recentemente o WhatsApp no telemóvel, depara-se com um aviso nas primeiras conversas que informa que as mensagens enviadas são abrangidas com uma encriptação de ponta a ponta, o que significa que as conversas são totalmente privadas.

Foi revelado que Khalid Masood, identificado como o autor do ataque de quarta-feira em Londres, tinha utilizado o serviço de mensagens rápidas WhatsApp minutos antes do atentado junto do parlamento britânico.

"Precisamos de assegurar que organizações como o WhatsApp, e existem muitas outras como esta, não proporcionem um lugar secreto para os terroristas comunicarem uns com os outros", disse Amber Rudd.

A secretária do Interior do Reino Unido também instou as empresas tecnológicas a fazerem mais e melhor ao nível da prevenção da publicação de conteúdos que possam promover o extremismo.

No seguimento das investigações desenvolvidas nos últimos dias, a polícia britânica acredita que o autor do ataque de quarta-feira agiu sozinho. As autoridades também não recolheram informações de que estivessem a ser planeados novos ataques.

O ataque foi atribuído pelas autoridades a um cidadão britânico de 52 anos, nascido em Kent (sudeste de Inglaterra) com o nome de Adrian Russel, que mudou para Khalid Masood quando se converteu ao islamismo.

Russel conduziu um automóvel a alta velocidade contra peões na ponte de Westminster, seguindo depois a pé para o parlamento britânico, onde esfaqueou mortalmente um agente da polícia, sendo abatido pelas forças de segurança.

No total, cinco pessoas morreram, incluindo o atacante, e outras 50 ficaram feridas.
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