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Google enfrenta nova queixa por alegadas práticas anticoncorrenciais
Comissão Europeia comprometeu-se a analisar a queixa da dinamarquesa Jobindex à luz dos procedimentos padrão.
A plataforma de procura de emprego Jobindex apresentou esta segunda-feira uma queixa contra a Google por práticas 'antitrust'. Em causa, revelou a empresa dinamarquesa aos reguladores da União Europeia, está o alegado favorecimento da sua própria plataforma de procura de emprego, a Google for Jobs. A queixa pode intensificar o escrutínio de Margrethe Vestager, vice-presidente da Comissão Europeia responsável pela pasta da Concorrência, ao serviço.
A Comissão Europeia comprometeu-se a analisar a queixa da Jobindex à luz dos procedimentos padrão. Esta queixa surge quatro anos após uma outra semelhante por parte da plataforma alemã Stepstone.
A multinacional Google, que nos últimos anos foi multada em mais de 8 mil milhões de euros por diferentes práticas anticoncorrenciais, justificou-se dizendo que faz parcerias com provedores de emprego para direcionar os utilizadores para websites com ofertas relevantes para cada um.
"Qualquer provedor de emprego, grande ou pequeno, pode fazer parte e as empresas estão a ver um aumento de tráfego e de correspondências como resultado desta funcionalidade", defendeu um porta-voz da multinacional.
Um ano após ser lançada na Europa, em 2018, a Google for Jobs foi criticada por 23 plataformas digitais de busca de emprego – entre as quais a Jobindex - que afirmam ter perdido quota de mercado após a gigante ter alegadamente usado o seu poder de mercado para lançar este novo serviço. Uma queixa recorrente por parte de empresas mais pequenas.
Em declarações à Reuters, Kaare Danielsen, fundador e CEO da plataforma dinamarquesa, disse que, na altura em que a Google for Job surgiu no mercado local, já a empresa tinha construído a maior base de dados na Dinamarca. Contudo, apesar disso, pouco tempo após a introdução da Google For Jobs na Dinamarca, a Jobindex "perdeu 20% do tráfego de procura".