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Gabriel Coimbra: “Não vejo grande alternativa para a BlackBerry”

A BlackBerry continua a dar o tudo por tudo para dar a volta à crise, mas Gabriel Coimbra, director-geral da IDC Portugal, admitiu, em declarações ao Negócios, não ver “grande alternativa” para a empresa, que combate directamente com os gigantes Google e Apple.

Bloomberg
15 de Agosto de 2013 às 10:00
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A BlackBerry veio ao mercado dizer que está à venda. Depois de ter lançado novos “smartphones” com um sistema operativo completamente diferente, mais próximo dos seus concorrentes, a fabricante canadiana regressou às origens com a apresentação do seu mais recente dispositivo.

 

Apesar da procura por uma solução, a empresa parece não estar a conseguir inverter a queda. De acordo com o “Financial Times”, os utilizadores da BlackBerry caíram de 79 para 72 milhões nos últimos seis meses, e as vendas do novo modelo 9720, não indicam que a quota de mercado do grupo possa voltar a ser significativa, situando-se agora abaixo dos 3% face aos 5% do ano anterior.

 

“É difícil ver algum caminho para a BlackBerry. Tem vindo a perder quota de mercado para o iPhone (com o sistema operativo iOS) e para a Google, com o Android, ao nível dos ‘smartphones’ sem teclado”, acrescentou a mesma fonte.

 

Gabriel Coimbra recordou que os rumores de venda da Blackberry já tinham intensificado há um ano, “mas nunca aconteceu, não houve interesse por parte de ninguém”.

 

E agora, mesmo que seja vendida, o consultor da área das tecnologias de informação considera que não mudará o cenário. “Não vejo a Microsoft a estar interessada na compra, quando está a investir no novo Windows Phone e também nenhum fabricante vai querer entrar nesta corrida de gigantes”.

 

Segundo o banco de investimento Jefferies, “a Lenovo (empresa chinesa) seria o comprador mais disponível, mas pensamos que o Governo norte-americano irá bloquear essa aquisição tendo por base o argumento da segurança nacional”.

 

“Os novos equipamentos (como o BlackBerry 10) não apareceram no timing certo e a empresa também perdeu o seu posicionamento ao nível empresarial, porque surgiram outras alternativas garantindo segurança”, referiu a mesma fonte.

 

No entanto, Gabriel Coimbra acrescentou: “não digo que é uma fatalidade que a BlackBerry vá desaparecer, mas há dois anos que perderam a massificação dos smartphones”.

 

Em 2012, o sistema operativo Android tinha uma quota de 68,8%, liderando o mercado, seguindo-se o iOS da Apple com 18,8% e o BlackBerry em terceiro com 4,5%. No ano passado, a quota do Windows Phone não passou dos 2,5%, ainda abaixo dos 3,3% do Symbian (sistema operativo da Nokia).

 

Já para este ano, de acordo com as previsões de Março último, a IDC estima que o Android suba para os 70,9%, ganhando quota ao iOS que perde para os 18,3%, enquanto o BlackBerry cai para os 3,9%. Em 2013, a IDC antevê que o Windows Phone fique com 4,6%, com a migração do Symbian que cai para os 0,7%.

 

O director-geral da IDC Portugal admite que a quota da BlackBerry venha ainda ser mais baixa, por causa das últimas notícias.

 

Nas projecções da IDC para 2017, o Android continuará a liderar destacadíssimo com uma quota de 65,1%, seguindo-se o iOS com 17,8% e o Windows Phone com 12%. Em Março, as projecções para a BlackBerry em 2017 era de uma quota de 3,7%.

 

Neste ranking dos sistemas operativos, a IDC ainda tem em conta o Linux que passará de uma quota de 2%, para uma estabilização nos 1,5%. E com o MeeGo da Nokia que ainda aparece em 2012, com uma quota de 0,1%  e que já não consta este ano.

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