O presidente-executivo da Blackberry, Thorsten Heins, e o conselho da administração da empresa, admitem uma eventual saída de bolsa poderá ser vantajosa para a empresa. A notícia é avançada pela Reuters, que cita fontes da empresa, e explica que os responsáveis estão a chegar à conclusão de que a operação seria sensata.

“Existe uma alteração de tom no conselho de administração”, referiu uma das fontes que a Reuters não identifica. Uma retirada do mercado das acções admitidas à cotação poderia permitir à tecnológica continuar a conduzir a reestruturação sem estar sujeita a um escrutínio público tão intenso.

Contudo, não existe qualquer processo de retirada da empresa da bolsa. Nem a Blackberry tem em curso uma venda a um investidor privado, nem existe algum anúncio de intenção de oferta com vista à retirada da empresa da bolsa, por parte de qualquer investidor.

Além de não existir um acordo previsto, poderia ser difícil à empresa encontrar um comprador, numa altura em que a viragem dos resultados ainda não foi alcançada. O lançamento dos modelos Z10 e Q10 (ambos na foto) da Blackberry não teve um efeito sobre as tão positivo quanto estimado. Os resultados apresentados pela cotada continuam a ser negativos.

A cotação bolsista continua bastante deprimida face aos níveis que chegou a atingir, após ter lançado alguns dos “smartphones” mais populares e enquanto a concorrência da Apple e Samsung não se intensificavam.

A capitalização bolsista da Blackberry, que era denominada Research in Motion, encontra-se próxima dos 4,8 mil milhões de dólares (3,6 mil milhões de euros). O valor de mercado da cotada chegou a ascender a 84 mil milhões de dólares, em 2008.