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Foxconn substitui 60% dos trabalhadores chineses por robôs
A maior fabricante de telemóveis do mundo reduziu a sua força de trabalho de 110 mil para 50 mil, devido à introdução de robôs.
A multinacional Foxconn, a maior fabricante de telemóveis do mundo, substituiu recentemente 60 mil trabalhadores chineses por robots, segundo avança a imprensa internacional.
A companhia sediada em Taipei, Taiwan, "reduziu a sua força de trabalho de 110 para 50 mil trabalhadores devido à introdução de robôs", informou um responsável do governo chinês ao South China Morning Post.
A Foxconn informou os meios locais e a BBC que o seu centro de produção na localidade de Kunshan, próxima de Xangai, vai continuar a necessitar de seres humanos, mas não especificou se os trabalhadores substituídos serão realmente dispensados.
Em declarações à BBC, a empresa que trabalha para a Apple e Samsung confirmou que vai automatizar "muitas das tarefas de produção associadas às nossas operações", negando, contudo, que isso signifique perda de empregos a longo prazo.
"Estamos a aplicar engenharia robótica e outras tecnologias de produção inovadoras para substituir as tarefas repetitivas anteriormente feitas pelos trabalhadores", explica a empresa. "Através da formação, isso também permite que os nossos funcionários se concentrem em elementos de maior valor acrescentado no processo de produção, tais como pesquisa e desenvolvimento, controlo de processos e controlo de qualidade".
No mês passado, a empresa de Taiwan formalizou a compra da Sharp por 3,5 mil milhões de dólares. Nessa ocasião, a companhia garantiu que iria tentar manter os postos de trabalho salientando, porém, que a própria Foxconn dispensa 3 a 5% do seu pessoal menos produtivo por ano.