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Facebook é o campeão do lobby entre as tecnológicas nos EUA

Em 2021, o grupo liderado por Mark Zuckerberg gastou 20,1 milhões de dólares em lobby junto das instituições norte-americanas. O gigante tecnológico superou o seu próprio recorde trimestral no fim do ano passado, ao desembolsar 5,4 milhões de dólares.

A empresa liderada por Mark Zuckerberg mudou de nome no final de outubro para refletir a aposta crescente da companhia no metaverso.
Charles Platiau/Reuters
14 de Fevereiro de 2022 às 21:48
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O Facebook foi a tecnológica que mais gastou em atividades de lobby durante o ano passado nos EUA, de acordo com os dados compilados pela tradingplatforms. Em 2021, o grupo - agora rebatizado de Meta - desembolsou 20,1 milhões de dólares em lobbying, mais 2% do que em 2020.

Numa análise por trimestres, o grupo de Mark Zuckerberg foi também o que mais gastou neste tipo de atividade nos últimos três meses de 2021, tendo aplicado 5,4 milhões de dólares em lobby, superando o recorde trimestral de 5,3 milhões de dólares alcançado no primeiro trimestre de 2020.

A Amazon ficou em segundo lugar com uma despesa de 19,3 milhões de dólares em 2021. Este valor representou um salto de 8% face a 2020.

A Entertainment Software Association (ESA) foi a tecnológica com a maior subida nos custos em lobbying em termos homólogos. A empresa desembolsou 6,7 milhões de dólares em 2021, um salto de 37% face a 2020. 

Ainda dentro do grupo composto pelos restantes membros do chamado grupo "GAFAM" (Google, Apple, Facebook, Amazon e Microsoft), os custos da Microsoft com o lobby aumentaram 8%, em termos homólogos, para 10,2 milhões de dólares. Já a Alphabet, a empresa-mãe da Google, gastou 9,5 milhões de dólares, um salto de 7% face ao ano anterior.

Por fim, a Apple foi a que menos gastou em lobbying, tendo despendido 6,5 milhões de dólares, uma queda de 3% em comparação com 2020.

"Os acontecimentos em torno das eleições presidenciais de 2020 [nos EUA] têm posto em causa as operações do Facebook. As preocupações com o tratamento de dados tem levado muitos legisladores e decisores políticos a ponderar um maior escrutínio à plataforma", observa a tradingplatforms.

A maior parte da atividade de lobby da Meta teve em vista persuadir os congressistas dos EUA a arquivarem projetos-lei bipartidários, que tinham como objetivo um "controlo mais apertado de algumas práticas comerciais questionáveis de Silicon Valley, como as alegadas violações de privacidade, a propagação da desinformação, a utilização incorreta da Inteligência Artificial e a integridade eleitoral", escreve a plataforma.

Recorde-se que o grupo de Mark Zuckerberg se opõe por completo ao chamado "American Innovation and Choice Online Act". Esta legislação visa dissuadir as empresas com posições tendencialmente dominantes no mercado de cometerem práticas anticorrenciais, através de um maior escrutínio regulatório.
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