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"Boom" da AI leva Nvidia a triplicar receitas. Perspetivas para a China penalizam ações

A Nvidia registou receitas de 18,12 mil milhões de dólares no terceiro trimestre fiscal terminado a meados de outubro. Apesar de ter superado as expectativas do mercado, as perspetivas para a China penalizaram as ações da fabricante de "chips".

Tyrone Siu / Reuters
21 de Novembro de 2023 às 22:11
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A Nvidia aumentou em 206% as receitas do terceiro trimestre fiscal, terminado a 29 de outubro, para 18,12 mil milhões de dólares. Estes números comparam com 5,93 mil milhões de dólares no mesmo período do ano passado e ficam acima dos 16,09 mil milhões esperados pelos analistas.

Os lucros ascenderam a 9,24 mil milhões de dólares, uma subida de 1.259% face aos 680 milhões de dólares obtidos no período homólogo.

Quase todos os segmentos de atividade da fabricante de "chips" ultrapassaram as expectativas do mercado. As receitas provenientes de centros de dados atingiram 14,51 mil milhões de dólares, face a 12,82 mil milhões estimados, as de videojogos ascenderam a 2,86 milhões, face a 2,7 mil milhões previstos, as de visualização profissional - que inclui os processadores de vídeo, chegaram aos 416 milhões, face aos 409,2 milhões antecipados.

As receitas provenientes de "chips" automóveis atingiram 261 milhões de dólares, uma subida anual de 4%, mas abaixo dos 266,9 milhões estimados.

"O nosso forte crescimento reflete a transição mais alargada da indústria de um propósito mais genérico para a computação acelerada e a inteligência artificial generativa", refere o CEO, Jensen Huang, no comunicado de apresentação de contas.

Apesar dos resultados da fabricante de "chips" mais valiosa do mundo terem sido positivos, o mercado esperava mais. Desde o início do ano a tecnológica valoriza 242%, mais do que triplicando o seu valor em bolsa.

Para o trimestre atual a empresa atualizou o "guidance" e espera receitas de 20 mil milhões de dólares, acima dos 17,18 mil milhões projetados.

As ações da empresa desvalorizam ligeiramente (-1,08%) no "after-hours" para 494,06 dólares, depois de terem registado máximos históricos na segunda-feira.

A queda está a ser atribuída ao "guidance" para o próximo trimestre. A CFO da Nvidia, Colette Kress, indica que "as vendas para esses destinos [como a China] vão diminuir no quarto trimestre fiscal, apesar de acreditarmos que essa descida vai ser mais do que compensada por um forte crescimento noutras regiões".

Em causa estão as restrições às exportações impostas pelo Executivo norte-americano à China e que terão um impacto significativo, uma vez que o país contribui para cerca de 20% a 25% das receitas totais da Nvidia.
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