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Bicicleta eléctrica inspirada na Tesla não é para os fracos

O verdadeiro luxo da Stromer ST2 S está no seu exclusivo motor hub "Syno-Drive". Com uns eficientes 48 volts, oferece aproximadamente 500 watts de potência, acelerando de 0 a 48 km/h em cerca de 5 segundos. Um desempenho superior ao de muitos automóveis.

myStromer AG
04 de Fevereiro de 2017 às 11:00
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A cerca de 60 metros da colina que está à minha frente, num cruzamento, o condutor de um Audi branco avança até ao sinal de Stop. Vê-me a pedalar tranquilamente e decide que pode vencer-me, por isso entra na mesma pista que eu.

 

O problema é que estou a pedalar a 50 quilómetros por hora, aproximadamente a velocidade média a que um ciclista do Tour de France desce uma montanha. Quando o condutor percebe que eu estou a andar muito mais rapidamente do que ele pensava, hesita e para – mesmo no meu caminho. Eu acciono os travões, o pneu de trás derrapa e paro perto o suficiente para ver a sua cara de surpresa.

 

É assim a vida de um ciclista em Los Angeles com uma bicicleta eléctrica Stromer ST2 S.

Inspirado na Tesla, o empreendedor suíço do ramo de bicicletas Thomas Binggeli fundou a Stromer em 2008 tendo em mente os problemas com congestionamentos, a saúde e a sustentabilidade, por isso eu levei a versão mais recente para um passeio pela cidade para testar se o futuro pós-carro está, de facto, à nossa frente.

 

As vendas de bicicletas eléctricas têm aumentado na última década, com um crescimento de dois dígitos em 2015. Um estudo recente da Navigant Research estima que até 2025 o sector de bicicletas eléctricas poderia registrar receitas de 24,3 mil milhões de dólares, acima da estimativa de 15,7 mil milhões de dólares realizada em 2016.

 

Parte deste forte crescimento é justificado pela tecnologia "low cost". Ao contrário das scooters e das motas eléctricas, uma e-bike necessita de uma grande quantidade de pedaladas. Mas não precisa de uma licença especial para a conduzir. Os preços começam nos 500 dólares, mas a ST2 que estou a conduzir custa 9.999 dólares e é a mais cara do sector.

 

Assim como a Tesla, as bicicletas Stromer utilizam uma bateria de iões de lítio de alta capacidade. E o interface digital também tem o estilo da Tesla. Um pequeno écran no quadro mostra a assistência eléctrica que está a receber e actua como velocímetro. A revista BikeRadar chegou ao ponto de classificar a Stromer ST2 S como "a Tesla das bicicletas eléctricas" e, exageradamente, disse que "poderia realmente substituir um carro".

 

O verdadeiro luxo da Stromer ST2 S está no seu exclusivo motor hub "Syno-Drive". Com uns eficientes 48 volts, oferece aproximadamente 500 watts de potência, acelerando de 0 a 48 km/h em cerca de 5 segundos. Um desempenho superior ao de muitos automóveis.

 

As Stromers são bicicletas lindas, com muitas características adoráveis, mas a dura realidade das ruas foi minando aos poucos o meu optimismo inicial. Levei-a para outro teste em Santa Monica, onde as ruas são mais amigáveis às bicicletas, e saiu-se bem melhor. Talvez um programador pudesse usar uma dessas para ir de casa para o trabalho em Silicon Beach. E  consigo imaginar que seria perfeita para um advogado cheio de energia em Minneapolis ou para gestor de activos em Chicago que queira tomar um pouco de ar nos meses mais quentes.

 

Mas até que Los Angeles melhore a sua postura em relação às bicicletas e as suas ruas, provavelmente será melhor mesmo ficar com o Model S. Pelo menos por enquanto.

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