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Apple e Nokia chegam a acordo em diferendo sobre patentes

Os contornos financeiros do entendimento não foram divulgados, mas a Nokia deverá receber um pagamento imediato e beneficiar de receitas ao longo dos próximos anos pelo uso de patentes. Acções da finlandesa disparam.

Tim Cook a criar uma nova Apple: Acabou 2016 como o 11.º CEO do mundo em valor criado para os accionistas. O ano marca a tentativa do sucessor de Steve Jobs de deixar a sua marca na Apple. Apesar de o foco continuar nos aparelhos - foi lançado o iPhone 7 e o novo MacBook Pro -, a Apple já aposta a sério nos conteúdos (é a segunda maior fonte das suas receitas, que caíram pela primeira vez desde 2001) e aventura-se em áreas como o automóvel e a saúde. Pelo meio, a guerra política devido aos impostos - Bruxelas determinou que a Apple devolvesse à Irlanda 13 mil milhões de euros - continua a dar-lhe dores de cabeça.
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23 de Maio de 2017 às 09:28
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A tecnológica norte-americana Apple (liderada por Tim Cook, na foto) acordou pagar à Nokia pelo uso de patentes da empresa finlandesa e estabelecer um novo acordo de uso de propriedade intelectual, válido por vários anos, que vai proporcionar novas receitas à companhia europeia. 

Os detalhes financeiros do entendimento, alcançado esta terça-feira, 23 de Maio, e que põe fim a um litígio de cinco meses nos tribunais, não foram divulgados. No âmbito do acordo, a Nokia vai fornecer produtos e serviços de infra-estrutura de redes, enquanto a Apple continuará a disponibilizar produtos digitais de saúde da Nokia nas suas lojas.

A empresa finlandesa começará a encaixar nas suas contas o resultado financeiro deste acordo a partir do segundo trimestre.

A Nokia tinha avançado em tribunal contra a Apple em 11 países, acusando a empresa da maçã de violar 40 das suas patentes, envolvendo tecnologias como ecrã, interface de utilizador, software ou antena.

Por outro lado, a companhia norte-americana submeteu uma queixa na Califórnia alegando que a Nokia tinha excluído algumas das patentes do acordo firmado em 2001 entre as duas empresas, transferindo-as para terceiros e usando-as posteriormente para "extorquir" 'royalties' excessivas à Apple.

Em 2009 as duas empresas já se tinham enfrentado na barra dos tribunais, acabando por assinar um acordo em 2011 e cuja alegada violação esteve na origem do novo litígio hoje concluído.

"[Este acordo] altera a nossa relação com a Apple, deixando de ser adversários para passar a parceiros que trabalham em benefício dos nossos clientes," afirmou Maria Varsellona, responsável pela área jurídica da Nokia, citada pelo Wall Street Journal. "Estamos contentes com a resolução da disputa e queremos expandir a nossa relação de negócio com a Nokia," afirmou por seu lado o administrador da Apple, Jeff Williams.

As acções da Nokia ganham 6,25% para 5,86 euros depois de conhecidos os contornos do entendimento.
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