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Amazon está a desenvolver dispositivo que lê emoções

O novo produto, com nome de código Dylan, estará equipado com microfones e software com capacidade para detetar o estado emocional do utilizador, a partir do som da sua voz.

Noah Berger/ Reuters
23 de Maio de 2019 às 12:33
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Tem nome de código Dylan e pode ser o próximo grande produto da Amazon. A retalhista online está a desenvolver um dispositivo, ativado por voz, que consegue reconhecer emoções humanas. A informação é avançada, esta quinta-feira, 23 de maio, pela Bloomberg, que teve acesso a documentos internos da empresa, que descrevem o aparelho para usar no pulso como um produto de saúde e bem-estar.

O novo produto, desenvolvido em conjunto com a Lab126, o mesmo grupo que desenvolveu o Echo e a Alexa, está a ser desenhado para funcionar através de uma aplicação para smartphones. Estará equipado com microfones e software com capacidade para detetar o estado emocional do utilizador, a partir do som da sua voz. O dispositivo poderá, até, ser capaz de aconselhar o utilizador sobre como interagir de forma mais eficaz com outros.

Não se sabe, para já, em que ponto de desenvolvimento está o projeto, ou se irá sequer ser comercializado, até porque as equipas da Amazon têm muito espaço para experimentar novos produtos, alguns dos quais nunca chegam ao mercado. Ainda assim, o projeto Dylan está já a ser testado dentro da empresa, de acordo com uma pessoa ligada ao projeto, que não revela se o que está a ser testado é o protótipo de hardware, o software de deteção de emoções ou ambos.

A concretizar-se este projeto, a Amazon junta-se a um grupo de outras gigantes do setor tecnológico que já estão a apostar nesta área. Empresas como a Microsoft, a Google e a IBM têm vindo a desenvolver tecnologias para detetar estados emocionais através de imagens, dados áudio e outros. A Amazon também já tinha revelado publicamente a intenção de desenvolver um assistente de voz mais semelhante com um humano.

A acontecer, este produto poderá ajudar a retalhista a ganhar relevo no setor da saúde. Ou poderá, como sugere uma patente registada pela Amazon em 2017, ser utilizado para segmentar melhor as ações de publicidade. A patente descreve um sistema que recorre a padrões de voz para determinar se um utilizador sente "alegria, raiva, arrependimento, tristeza, medo, repulsa, tédio, stress ou outros estados emocionais". Com base nestes dados, a empresa poderá recomendar produtos.
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