Notícia
Acelerar no Google
Nem tudo na crise é mau. O abrandamento económico tem surgido como uma oportunidade de negócio para algumas empresas, como a Google. A empresa que gere o maior motor de busca do mundo quer ajudar as pequenas e médias empresas (PME) a contornar a conjuntura adversa.
27 de Fevereiro de 2009 às 15:09
Nem tudo na crise é mau. O abrandamento económico tem surgido como uma oportunidade de negócio para algumas empresas, como a Google. A empresa que gere o maior motor de busca do mundo quer ajudar as pequenas e médias empresas (PME) a contornar a conjuntura adversa.
Para isso, disponibiliza gratuitamente um conjunto de ferramentas que assegura ajudarem a reduzir custos e a aumentar a competitividade. O que é que ganha com isso? Potenciais anunciantes de publicidade, o negócio que realmente lhe dá rentabilidade.
"Colocámos os principais serviços da Google num 'site' adaptado para a crise", conta Paulo Barreto, director-geral da Google em Portugal. Ao Negócios, o responsável conta que a expectativa sobre esta oferta é elevada, principalmente porque o número de computadores tem aumentado. "Acreditamos que, assim que as empresas tomarem conhecimento da nossa oferta, a adesão será em massas", adianta.
A proposta da Google abrange desde a criação de um "site" de forma gratuita (ver passos na página seguinte), à publicidade direccionada, passando pela gestão total das ferramentas do "desktop", através do Google Apps. Neste último caso, as PME com menos de 50 colaboradores não pagam. A partir daí, é cobrado um valor de 50 euros por utilizador. "Tendo em conta o crescimento dos utilizadores da Internet e do número de 'sites', penso que a solução do Ad Words [publicidade direccionada] poderá fazer a diferença para as PME", afirma Paulo Barreto. O Google Adwords permite ao utilizador criar anúncios escolhendo palavras-chave, as quais são palavras ou expressões relacionadas com a sua empresa. Quando as pessoas pesquisam no Google utilizando uma das suas palavras-chave, o seu anúncio poderá ser apresentado ao lado dos resultados da pesquisa. Não existe requisito de gasto mínimo - o valor pago para o AdWords é escolhido pelo utilizador. É possível, por exemplo, definir um orçamento diário de cerca de cinco euros e um custo máximo de dez cêntimos por cada clique no seu anúncio.
"A Internet sem o Google é como ir a um supermercado e os produtos não terem etiqueta, por isso é que as empresas consideram o Google como um gerador de receitas", diz Paulo Barreto. O responsável conta que não há expectativa para este serviço, até porque até ao momento ainda não houve um esforço comercial para o difundir junto das PME.
Paulo Barreto assegura que o retorno de investimento da utilização das ferramentas Google está assegurado. "Mais de 90% das empresas que iniciaram uma relação com o Google mantêm-se fiéis", diz. O responsável acredita que esta oferta para PME também poderá ser uma oportunidade de negócios para terceiros. "Quem quiser criar empresas de apoio às ferramentas Google poderá encontrar aqui um nicho de mercado interessante", acrescenta.
A Google está presente directamente, em Portugal, há pouco mais de um ano e conta com cerca de 10 mil clientes empresariais.
Mais informação em www.google.pt/landing/speedup/.
Investimento das PME em tecnologia aumenta
As Pequenas e Médias Empresas, em Portugal, estão a aumentar o volume do seu investimento em tecnologias de informação e comunicação (TIC). O investimento das PME em TIC deverá ascender a 1.331 milhões de euros em 2010, crescendo em média, por ano, cerca de 7,8%, segundo a análise realizada pela IDC.
A consultora internacional estima que as PME representam 36% da despesa total em Tecnologias de Informação, em Portugal. A grande maioria das empresas (89,7%) com mais de 10 trabalhadores está ligada à Internet e, no geral, existe uma boa difusão do acesso em banda larga. No entanto, este é um valor 5,3% abaixo da média dos países da OCDE. Já do lado dos fornecedores, a IDC prevê algum abrandamento principalmente do lado das PME. A consultora estima que o crescimento global do sector das tecnologias de informação caia para metade, o que colocará em risco os fornecedores que não se reposicionarem em segmentos menos afectados pela crise. As economias emergentes e o mercado das PME sofrerão com o abrandamento, embora mantendo crescimentos acima da média.
Tecnológicas criam novas soluções
São cada vez mais as tecnológicas que criam novas soluções direccionadas para as PME. Além da Google, a Microsoft e a Sun Microsystems também lançaram recentemente campanhas, em Portugal, para captar este segmento. Em países pequenos, onde o tecido empresarial é maioritariamente PME, as tecnológicas têm vindo a lançar novas ofertas e a incrementar a sua força comercial.
A Microsoft Portugal acaba de lançar a campanha "PME Tempos Difíceis" que inclui descontos que vão até 15% nos produtos mais relevantes para este segmento. A campanha prevê, ainda, o lançamento de um novo licenciamento de alojamento de sistemas de informação, garantindo investimentos iniciais mais reduzidos, pagamentos distribuídos para PME, um novo programa de "try & buy", que prevê uma distribuição alargada de versões de teste dos principais produtos.
Já a Sun está a desenvolver uma nova estratégia de aproximação às PME portuguesas, assinalada pela disponibilização de um portal "web", onde os clientes podem obter informação sobre soluções para PME. A partir do "site" é igualmente possível subscrever testes gratuitos e promoções especiais.
Para isso, disponibiliza gratuitamente um conjunto de ferramentas que assegura ajudarem a reduzir custos e a aumentar a competitividade. O que é que ganha com isso? Potenciais anunciantes de publicidade, o negócio que realmente lhe dá rentabilidade.
Cinco formas de contornar a crise Crie o "site" da sua empresa A importância de ter uma ligação ao mundo através da Internet é cada vez maior. As PME, através do Google, têm uma oportunidade de criar o seu "site" de forma gratuita. O Google Sites é o local onde a Pequena e Média Empresa (PME) se poderá inscrever para pedir ajuda na construção do seu "website". Assegure que o "site" é visto O "site" de algumas PME poderá não ser visível através dos motores de busca. A resposta do Google é a sua ferramenta AdWords, ou seja, um sistema de publicidade direccionada onde o anúncio aparece em função da pesquisa feita na Net e é pago pela quantidade de cliques registados. Torne o "site" mais eficiente O Google Analytics é uma ferramenta gratuita que revela quais os "sites", motores de pesquisa e palavras-chave que conduzem os utilizadores até ao "site" em questão e qual o nível de interacção. Esta ferramenta permite realizar campanhas de "marketing" segmentadas, direccionadas ao retorno do investimento. Reduza custos O Google assegura que, com a utilização da sua plataforma de aplicações, é possível reduzir os custos. As PME, através do Google Apps, não necessitarão de investir em servidores ou "software", assegurando a gestão virtual da sua informação. O Google Talk permite comunicar sem gastos. Como ganhar dinheiro O AdSense é outra das ferramentas fornecida pelo Google, dedicada às PME. Neste caso, o objectivo é ganhar dinheiro. As PME que aceitarem disponibilizar anúncios Google nos seus "sites", podem ganhar com isso. A PME recebe por cada clique que um visitante do seu "site" faça nos referidos anúncios. |
"A Internet sem o Google é como ir a um supermercado e os produtos não terem etiqueta, por isso é que as empresas consideram o Google como um gerador de receitas", diz Paulo Barreto. O responsável conta que não há expectativa para este serviço, até porque até ao momento ainda não houve um esforço comercial para o difundir junto das PME.
Paulo Barreto assegura que o retorno de investimento da utilização das ferramentas Google está assegurado. "Mais de 90% das empresas que iniciaram uma relação com o Google mantêm-se fiéis", diz. O responsável acredita que esta oferta para PME também poderá ser uma oportunidade de negócios para terceiros. "Quem quiser criar empresas de apoio às ferramentas Google poderá encontrar aqui um nicho de mercado interessante", acrescenta.
A Google está presente directamente, em Portugal, há pouco mais de um ano e conta com cerca de 10 mil clientes empresariais.
Mais informação em www.google.pt/landing/speedup/.
Investimento das PME em tecnologia aumenta
As Pequenas e Médias Empresas, em Portugal, estão a aumentar o volume do seu investimento em tecnologias de informação e comunicação (TIC). O investimento das PME em TIC deverá ascender a 1.331 milhões de euros em 2010, crescendo em média, por ano, cerca de 7,8%, segundo a análise realizada pela IDC.
A consultora internacional estima que as PME representam 36% da despesa total em Tecnologias de Informação, em Portugal. A grande maioria das empresas (89,7%) com mais de 10 trabalhadores está ligada à Internet e, no geral, existe uma boa difusão do acesso em banda larga. No entanto, este é um valor 5,3% abaixo da média dos países da OCDE. Já do lado dos fornecedores, a IDC prevê algum abrandamento principalmente do lado das PME. A consultora estima que o crescimento global do sector das tecnologias de informação caia para metade, o que colocará em risco os fornecedores que não se reposicionarem em segmentos menos afectados pela crise. As economias emergentes e o mercado das PME sofrerão com o abrandamento, embora mantendo crescimentos acima da média.
Tecnológicas criam novas soluções
São cada vez mais as tecnológicas que criam novas soluções direccionadas para as PME. Além da Google, a Microsoft e a Sun Microsystems também lançaram recentemente campanhas, em Portugal, para captar este segmento. Em países pequenos, onde o tecido empresarial é maioritariamente PME, as tecnológicas têm vindo a lançar novas ofertas e a incrementar a sua força comercial.
A Microsoft Portugal acaba de lançar a campanha "PME Tempos Difíceis" que inclui descontos que vão até 15% nos produtos mais relevantes para este segmento. A campanha prevê, ainda, o lançamento de um novo licenciamento de alojamento de sistemas de informação, garantindo investimentos iniciais mais reduzidos, pagamentos distribuídos para PME, um novo programa de "try & buy", que prevê uma distribuição alargada de versões de teste dos principais produtos.
Já a Sun está a desenvolver uma nova estratégia de aproximação às PME portuguesas, assinalada pela disponibilização de um portal "web", onde os clientes podem obter informação sobre soluções para PME. A partir do "site" é igualmente possível subscrever testes gratuitos e promoções especiais.