Notícia
Parlamento Europeu aprova divisão de negócios da Google
O Parlamento Europeu recomenda a divisão de actividades da gigante norte-americana na Europa e deixa um apelo à Comissão Europeia. Agora é em Bruxelas que tudo se deverá decidir.
O Parlamento Europeu aprovou, esta quinta-feira, 27 de Novembro, a moção para que seja permitido que a Google possa separar o negócio de motor de busca dos demais serviços comerciais.
Os deputados parlamentares, na referida moção, não referem o nome da Google, mas solicitam que a Comissão Europeia, que tem em curso uma investigação relativamente à empresa norte-americana por alegadas práticas anti-concorrenciais, avalie esta possibilidade da separação dos negócios.
Na moção levada a Parlamento é referido que "o mercado de pesquisa online é de particular importância para assegurar condições de competitividade dentro do mercado digital como um todo, dado o potencial de transformação desses motores de pesquisa e da sua possibilidade de comercializar e explorar informações obtidas". Por isso, é preciso "separar essas ferramentas de outros serviços comerciais como uma potencial solução de longo prazo para atingir as metas mencionadas".
"A iniciativa do Parlamento Europeu irritou o governo dos EUA e representantes da indústria americana, que criticaram as tentativas de influenciar a longa investigação da UE sobre prácticas anticoncorrenciais", refere a Bloomberg.
Dividir as actividades do Google é apenas uma opção que a Comissão Europeia deve considerar enquanto decide o que fazer com uma investigação que fará quatro anos em 30 de Novembro, disse Andreas Schwab, o responsável pela produção da resolução do Parlamento, citado pela mesma fonte.
Margrethe Vestager, a comissária da concorrência que assumiu o cargo recentemente, afirmou no início deste mês que iria decidir para onde caminhará o processo depois de falar com as empresas afectadas pelo comportamento do Google. Os planos para resolver o caso foram adiados, dadas as respostas negativas dos rivais da companhia.
A resolução foi aprovada com 384 votos a favor, 174 votos contra e 56 abstenções, segundo a Associated Press.
Esta proposta é de carácter não vinculativo, visto que a Comissão Europeia (CE) ainda precisa tomar a decisão final. O Google tem uma fatia de mais de 90% do mercado de pesquisa na Internet nalguns países europeus.