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Stephen Morais: "As empresas portuguesas nunca têm dificuldades de financiamento se forem boas"

O líder da Caixa Capital considera que as empresas portuguesas que forem boas não têm dificuldades em captar investimento. E defende ainda que Lisboa "está a afirmar-se como uma capital interessante" em termos de start-ups.

20 de Outubro de 2015 às 20:07
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A Digital Tech Summit realiza-se hoje e amanhã (20 e 21 de Outubro) em Lisboa. Reúne mais de três dezenas de empreendedores e vários investidores estrangeiros. Ao Negócios, William Stevens, presidente da Tech Tour, conta que a Tech Tour esteve cá no ano passado – com o Iberian Tech Tour – uma iniciativa que foi bem-sucedida e que contribuiu para a vinda do evento para Lisboa. Além disso, realiza-se também em Lisboa ICT 2015 (Innovate, Connect, Transform), dedicada ao tema da tecnologia.

Stephen Morais, líder da Caixa Capital, unidade de capital de risco da Caixa Geral de Depósitos, um dos impulsionadores da vinda do evento para Portugal, conta que participar nesta iniciativa faz parte da actividade da instituição. "O nosso core business é investir em empresas e investir em venture capital é co-investir com outros parceiros. As empresas portuguesas têm de ter investidores estrangeiros em alguma fase da vida para se poderem expandir em termos globais. Não é uma questão de falta de investimento em Portugal. É uma questão que o capital de investidores estrangeiros não é só o dinheiro. São as redes de contactos", disse ao Negócios.


E é fácil convencer investidores estrangeiros a virem para Portugal? "É mais difícil que convencê-los a ir para Londres, Berlim e Paris. Mas a Europa está a tornar-se num lugar muito fragmentado. Mas não é mais difícil trazê-los para Lisboa do que para Roma ou Barcelona. A boa notícia é que os investidores estão a tornar-se mais internacionais. Por isso, agora estão mais interessados em descobrir empresas que não sejam tão centrais", responde William Stevens.

Quando questionado sobre o estado do ecossistema de start-ups português, Stephen Morais defende que "nunca tivemos um ecossistema tão internacional, com empresas com tanta ambição".

"Portugal está, ao nível europeu, bem posicionado como uma segunda linha de topo na Europa. A seguir a Londres, Berlim, Escandinávia, Paris, que são países que têm ecossistemas mais profundos, que têm ligações à indústria mais profundas. As empresas portuguesas nunca têm dificuldades de financiamento se forem boas. Qualquer empresa muito boa portuguesa tem financiamento em qualquer sítio do mundo. As restrições nunca são de capital, são de qualidade dos projectos, são de qualidade das empresas", afirmou em relação ao ecossistema nacional. "Lisboa está a afirmar-se como uma capital interessante", acrescentou.

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