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Consulta do viajante: Quando o senhor doutor está do outro lado do ecrã

A Consulta do Viajante é uma plataforma que permite fazer este tipo de consultas à distância de um clique. Através da telemedicina, os pacientes podem fazer a consulta do viajante sem saírem do sofá.

Reuters
16 de Abril de 2016 às 10:30
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Tem uma viagem marcada por exemplo para Angola. Os bilhetes de avião estão comprados, o hotel reservado e todo o roteiro preparado. Mas falta-lhe uma coisa: a consulta de medicina do viajante. Algo que, por vezes, demora várias semanas entre a marcação e a consulta. Mas agora há uma solução diferente. E pode até fazer a consulta onde quiser desde que tenha uma ligação à internet.

Diogo Medina é médico de saúde pública, trabalha na área da medicina do viajante e decidiu lançar a plataforma Consulta do Viajante para responder a dois desafios: garantir uma solução mais fácil para as pessoas que vão viajar para destinos localizados em África, Ásia e América do Sul e ter uma fonte de rendimento extra sem ter de fazer bancos.

"Neste caso da saúde do viajante é fácil [fazer a consulta pela internet] porque quando apenas preciso de saber os dados da viagem, o historial da pessoa e que vacinas já fez, etc. Não há actos físicos de auscultação", conta ao Negócios, à margem do encontro do Pitch Day, do programa de apoio ao empreendedorismo da Fidelidade, o Protechting.


Para poder ter uma consulta através desta plataforma, o paciente tem de marcar, "comparecer" na mesma de mas à distância e electronicamente, efectuar o pagamento e a receita chega por via electrónica. Algo que é possível desde 1 de Abril, data em que as prescrições em Portugal passaram a ser obrigatórias por via electrónica. Anteriormente, as prescrições eram enviadas pelo correio.

Este sistema "tem um lado prático", sustenta o médico. "As pessoas podem estar em qualquer lugar. Embati numa área gira. Sei que isto está a funcionar bem na área da consulta do viajante. Porque não em outras?!", questiona, admitindo, contudo, que nem todas as áreas médicas podem usar este tipo de plataformas.

A psiquiatria é uma das áreas em que se poderá usar este tipo de sistema dado que o médico não tem, à partida, de auscultar o paciente ou fazer outro tipo de examinação física. No estrangeiro, há situações em pediatria, conta, em que este tipo de plataformas pode ser usado. Pode funcionar como uma espécie de triagem, em que os pais das crianças descrevem os sintomas, podendo levar o médico a encaminhá-los para um hospital, caso seja necessário.

Diogo Medina começou a dar consultas através desta plataforma em Agosto do ano passado e, até ao momento, já deu mais de 200. É ainda o único médico a trabalhar na plataforma Consulta do Viajante mas o objectivo é estender a mais profissionais.

Quanto ao modelo de negócio, assenta actualmente no pagamento das consultas. Mas Diogo Medina e os dois outros elementos da sua equipa estão a estudar um novo modelo de negócio que passa pelo envolvimento de empresas.

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