Bruno Gomes trocou o seu trabalho bem remunerado de "designer gráfico" na chuvosa Londres pelo "céu" de Lisboa.

Empresa We Hate Tourism Tours
Ano de criação 2010 Fundadores Bruno Gomes e Damian Irizarry
Volume de negócios 11 mil euros
Número de clientes Aproximadamente cinco mil desde o início das actividades.


Bruno Gomes, o fundador da We Hate Tourism Tours - numa revolta contra as ideias feitas sobre as visitas guiadas do costume - trocou o seu trabalho bem remunerado de "designer" gráfico na chuvosa Londres pelo "céu" de Lisboa. Já em Portugal, a trabalhar como "freelancer", entretinha-se a preparar viagens aos amigos de fora que o vinham visitar. "Como sempre tive uma carrinha, guiava os meus amigos" por Lisboa, Sintra, Cascais, que "adoravam" as visitas. Um amigo americano perguntou-lhe se não queria fazer estas viagens de forma profissional e deu-lhe o empurrão que precisava para implementar a ideia, tornando-se sócio e entrando com o capital. Esta fusão entre um "projecto de amor" português e uma abordagem empreendedora mais séria, típica da cultura americana, acabou por ser benéfica para a empresa, assegura: "Esse facto acabou por anular a parte do 'desenrascanço' português. Temos todas as licenças, por exemplo", diz, apesar de salientar que é complicado operar a 100% em termos legais. Os escolhos começam, diz Bruno Gomes, na burocracia do país: "Existem imensos obstáculos para as empresas, com licenças, alvarás...". Mas o desânimo, apesar de já ter feito parte do caminho da We Hate Tourism, acabou por não destruir o ânimo de Bruno Gomes: "As dificuldades fazem-nos ficar mais fortes, mais criativos". Mas as coisas deveriam ser mais fáceis, diz. Mesmo assim, "se fossem mais fáceis, se calhar nós não estaríamos aqui".