Notícia
Fullsix - "Marketing" na era digital
Lançar um negócio no interior de um grupo internacional pode ser um salto com rede. Mas garantir o sucesso e reconhecimento neste contexto exige mais elasticidade.
03 de Março de 2011 às 10:29
Estávamos em fim de século quando Filipa Caldeira e Pedro Batalha abraçaram um novo projecto e formaram a Be Interactive. Os dois tinham sido colegas na Procter & Gamble e antes de decidirem dar os primeiros passos no "marketing" digital já tinham empreendido na área da comida, com o "master franchising" de uma cadeia de restaurantes mexicana.
Perceberam que não estavam no caminho certo e voltaram ao "marketing", invertendo papéis. Despiram a camisola de cliente e vestiram a pele de agência, orientada para o mundo digital. À dupla juntou-se em poucos meses Nuno Moreira, vindo da Unilever, e os três sócios abraçaram a missão de evangelizar um mercado pouco sensível aos poderes da internet para aproximar público e marcas, vendedores e compradores.
O projecto começou suportado numa equipa de seis colaboradores que celebrou um dos primeiros sucessos com uma acção para a marca Linic, associada ao popular programa de televisão Big Brother.
Em 2001, um grupo internacional fazia planos para entrar em Portugal pela porta da Be Interactive, e o casamento aconteceu. A Fullsix comprou 51% do capital da empresa portuguesa e os três sócios continuaram à frente da operação local, como acontece ainda hoje.
As competências que conseguiram cruzar determinaram o ADN da filial, na perspectiva de Nuno Moreira, e ajudaram a fundar bases de um sucesso que resulta, segundo os próprios, da mistura que resulta dos conhecimentos de "marketing", consultoria e algum "know-how" ao nível da gestão ali reunidos.
Dez anos passados. A Fullsix Portugal cresceu dos seis para os 150 empregados e soma hoje uma facturação de 12 milhões de euros. No mundo do "marketing" digital, também muito mudou entretanto.
Na cena nacional, os actores internacionais multiplicaram-se. No universo doméstico, o digital passou a ser motivo de interesse para "players que, há alguns anos, estavam longe desta vertente. O "marketing" que hoje se faz também mudou, tal como os locais onde se constrói. Vai longe o tempo em que dois ou três portais de âmbito nacional disputavam o interesse de alguns anunciantes mais vanguardistas, dispostos a gastar uma ínfima parte do seu orçamento no mundo digital.
O Google ajudou a mudar as regras do jogo, as redes sociais também. As agências adaptaram-se à mudança e no caso da Fullsix, como explica Nuno Moreira, isso passou por fazer uma aposta forte em "mobile marketing", "imaging media", "social media" e "motion", onde a filial portuguesa está a formar novas equipas e a criar unidades dedicadas. Cabem nestas áreas os projectos que focam criativos e técnicos no desenvolvimento de aplicações para dispositivos móveis ou soluções interactivas.
Nuno Moreira admite que, sem suporte de um grupo internacional, dez anos passados e o balanço da década seria diferente. Na condição de projecto nacional, a empresa demoraria mais do que apenas alguns meses, como aconteceu, para cativar contas como a McDonalds, a SuperBock ou a TMN para a sua carteira de clientes.
Contudo, também se sublinha que o apoio da estrutura internacional continua a surgir mais pela via do "know-how" e da base de recursos, que por via da garantia de representação local de marcas trabalhadas pela agência a nível internacional, que não existe.
Esse trabalho de angariação de clientes tem sido realizado a nível local e com bons resultados. No último trimestre de 2010 seis novas contas passaram a ser geridas pela Fullsix, antecipando um ano muito positivo para a operação local, como reconhece Nuno Moreira. RTP, Aki, Carlsberg, Danone, José de Mello Saúde e Sacoor são os nomes que se juntaram à lista de clientes.
Bilhete de identidade
Fundação 2001
Facturação 12 milhões de euros
Colaboradores 150
Onde se insere?
Especializada em "marketing" interactivo, a Fullsix Portugal integra um grupo internacional com mais de 600 colaboradores. Recentemente, a companhia reforçou o portfólio com a compra da empresa de estudos de mercado Netsonda e da Grand Union, uma agência digital do Reino Unido.
Prémios & reconhecimento
O histórico de prémios da Fullsix Portugal faz o orgulho da equipa local e assegura uma imagem positiva no contexto internacional do grupo. Listada nas melhores empresas para trabalhar em 2008 e 2009, a estrutura soma também prémios à eficácia da comunicação e prémios de criatividade. No final de 2010 arrematou sete prémios Sapo, entre eles, para a Melhor Agência Criativa do Ano, a par com o Ouro nos Prémios à Eficácia da Comunicação, com uma campanha para a LG (Coisas Boas Acontecem).
Nos anos anteriores outros projectos marcam o trajecto da Fullsix no mercado e garantiram reconhecimento à empresa, como a campanha que serviu para comunicar o patrocínio da TMN ao Fantasporto (Ajuda o Tiago), ou a campanha feita para a Galp, por altura do Mundial de 2006, que proponha criar um cordão humano (virtual) para ligar Portugal à Alemanha e para apoiar a selecção portuguesa de futebol.
Os resultados da operação portuguesa também permitiram que a Fullsix Portugal se tornasse a escolha para gerir as operações em Espanha, quando o grupo decidiu expandir o negócio para o país vizinho. Ainda é assim. Filipa Caldeira coordena o negócio em Espanha, onde a equipa conta actualmente com 45 colaboradores e a facturação ronda os três milhões de euros.
Perceberam que não estavam no caminho certo e voltaram ao "marketing", invertendo papéis. Despiram a camisola de cliente e vestiram a pele de agência, orientada para o mundo digital. À dupla juntou-se em poucos meses Nuno Moreira, vindo da Unilever, e os três sócios abraçaram a missão de evangelizar um mercado pouco sensível aos poderes da internet para aproximar público e marcas, vendedores e compradores.
Em 2001, um grupo internacional fazia planos para entrar em Portugal pela porta da Be Interactive, e o casamento aconteceu. A Fullsix comprou 51% do capital da empresa portuguesa e os três sócios continuaram à frente da operação local, como acontece ainda hoje.
As competências que conseguiram cruzar determinaram o ADN da filial, na perspectiva de Nuno Moreira, e ajudaram a fundar bases de um sucesso que resulta, segundo os próprios, da mistura que resulta dos conhecimentos de "marketing", consultoria e algum "know-how" ao nível da gestão ali reunidos.
Dez anos passados. A Fullsix Portugal cresceu dos seis para os 150 empregados e soma hoje uma facturação de 12 milhões de euros. No mundo do "marketing" digital, também muito mudou entretanto.
Na cena nacional, os actores internacionais multiplicaram-se. No universo doméstico, o digital passou a ser motivo de interesse para "players que, há alguns anos, estavam longe desta vertente. O "marketing" que hoje se faz também mudou, tal como os locais onde se constrói. Vai longe o tempo em que dois ou três portais de âmbito nacional disputavam o interesse de alguns anunciantes mais vanguardistas, dispostos a gastar uma ínfima parte do seu orçamento no mundo digital.
O Google ajudou a mudar as regras do jogo, as redes sociais também. As agências adaptaram-se à mudança e no caso da Fullsix, como explica Nuno Moreira, isso passou por fazer uma aposta forte em "mobile marketing", "imaging media", "social media" e "motion", onde a filial portuguesa está a formar novas equipas e a criar unidades dedicadas. Cabem nestas áreas os projectos que focam criativos e técnicos no desenvolvimento de aplicações para dispositivos móveis ou soluções interactivas.
Nuno Moreira admite que, sem suporte de um grupo internacional, dez anos passados e o balanço da década seria diferente. Na condição de projecto nacional, a empresa demoraria mais do que apenas alguns meses, como aconteceu, para cativar contas como a McDonalds, a SuperBock ou a TMN para a sua carteira de clientes.
Contudo, também se sublinha que o apoio da estrutura internacional continua a surgir mais pela via do "know-how" e da base de recursos, que por via da garantia de representação local de marcas trabalhadas pela agência a nível internacional, que não existe.
Esse trabalho de angariação de clientes tem sido realizado a nível local e com bons resultados. No último trimestre de 2010 seis novas contas passaram a ser geridas pela Fullsix, antecipando um ano muito positivo para a operação local, como reconhece Nuno Moreira. RTP, Aki, Carlsberg, Danone, José de Mello Saúde e Sacoor são os nomes que se juntaram à lista de clientes.
Bilhete de identidade
Fundação 2001
Facturação 12 milhões de euros
Colaboradores 150
Onde se insere?
Especializada em "marketing" interactivo, a Fullsix Portugal integra um grupo internacional com mais de 600 colaboradores. Recentemente, a companhia reforçou o portfólio com a compra da empresa de estudos de mercado Netsonda e da Grand Union, uma agência digital do Reino Unido.
Prémios & reconhecimento
O histórico de prémios da Fullsix Portugal faz o orgulho da equipa local e assegura uma imagem positiva no contexto internacional do grupo. Listada nas melhores empresas para trabalhar em 2008 e 2009, a estrutura soma também prémios à eficácia da comunicação e prémios de criatividade. No final de 2010 arrematou sete prémios Sapo, entre eles, para a Melhor Agência Criativa do Ano, a par com o Ouro nos Prémios à Eficácia da Comunicação, com uma campanha para a LG (Coisas Boas Acontecem).
Nos anos anteriores outros projectos marcam o trajecto da Fullsix no mercado e garantiram reconhecimento à empresa, como a campanha que serviu para comunicar o patrocínio da TMN ao Fantasporto (Ajuda o Tiago), ou a campanha feita para a Galp, por altura do Mundial de 2006, que proponha criar um cordão humano (virtual) para ligar Portugal à Alemanha e para apoiar a selecção portuguesa de futebol.
Os resultados da operação portuguesa também permitiram que a Fullsix Portugal se tornasse a escolha para gerir as operações em Espanha, quando o grupo decidiu expandir o negócio para o país vizinho. Ainda é assim. Filipa Caldeira coordena o negócio em Espanha, onde a equipa conta actualmente com 45 colaboradores e a facturação ronda os três milhões de euros.