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Criação de empresas em alta com "boom" do turismo

Nos primeiros quatro meses deste ano criaram-se 17 mil empresas, mais 13,4% do que no mesmo período do ano passado, um crescimento associado sobretudo à dinâmica do sector turístico, como as actividades imobiliárias, alojamento e restauração. As insolvências continuam em queda.

Bloomberg
08 de Maio de 2018 às 13:18
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A dinâmica de criação de empresas continua em alta e a de insolvências em baixa. Nos primeiros quatro meses deste ano nasceram 17.002 empresas e outras organizações, mais 13,4% do que no mesmo período do ano passado. Foram iniciados 870 processos de insolvência, o que representa uma queda homóloga de 9,9%, e verificou-se o encerramento de 4.880 empresas, o que traduz um aumento de 1,9% em relação há um ano.

 

O crescimento do número de empresas criadas "deve-se essencialmente à constituição de empresas relacionadas com o turismo, como as actividades imobiliárias, construção, alojamento e restauração, serviços e transportes", destaca a Informa D&B num relatório sobre esta matéria.

 

As actividades ligadas ao turismo reforçam a contribuição para novas empresas, tendo-se registado, até Maio, mais 649 nascimentos nos serviços (crescimento de 13,3%), "com a forte contribuição das actividades de animação turística e de agências de viagens".

 

Nas chamadas actividades imobiliárias foram criadas mais 423 empresas (aumento homólogo de 34,6%), na construção mais 306 (crescimento de 22,9%), e no alojamento e restauração mais 235 (subiu 13,2%), "com a maior contribuição do alojamento, em particular o alojamento mobilado para turistas, apesar da restauração representar dois terços do total de nascimentos do sector", ressalvou a D&B.

 

Ainda no universo empresarial turístico, a mesma fonte revela que no sector dos transportes se verificou a criação de mais 212 empresas, o que representou um acrescimento homólogo de 55,2% e que se deveu "em particular às actividades de transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros".

 

Destaque ainda para o crescimento do número de empresas nos serviços de saúde (mais 139, num aumento de 22,6%) e das tecnologias de informação e comunicação (mais 153, num aumento de 29,6%)

 

A excepção à subida generalizada em número de constituição de empresas, nos primeiros quatro meses deste ano, é o sector da agricultura, pecuária, pesca e caça, onde foram criadas menos 277 empresas do que há um ano, o que traduz uma quebra homóloga de 34,8%.

Em termos geográficos, Lisboa, Porto e Setúbal representam mais de três quartos do total de aumento de criação de empresas - nasceram mais 909 em Lisboa (aumento de 18,6%), mais 417 no Porto (aumento de 16,1%) e mais 213 em Setúbal (aumento de 20,9%)

 

Já os encerramentos registados nos primeiros quatros meses do ano (4.880) mantêm-se em valores próximos do período homólogo (mais 1,9%), ao passo que "nas novas insolvências (870), o ciclo de descida iniciado em 2013 mantém-se, mas de forma menos acentuada".

 

O relatório da D&B destaca ainda que a percentagem de empresas que cumprem os prazos de pagamento acordados (15,2%) está em queda desde Setembro passado, tendo atingido em Abril "um dos valores mais reduzidos desde 2007 de forma transversal a todos os sectores e regiões".

 

De acordo com a mesma fonte, o atraso médio de pagamento situa-se nos 26 dias, valor semelhante ao registado nos últimos 12 meses, sendo que mais de dois terços das empresas pagam com um atraso até 30 dias.

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