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Insolvências em Portugal devem recuar pelo terceiro ano consecutivo

Um relatório da Crédito y Caución prevê uma nova descida das insolvências no final de 2018. Ainda assim, o país vai continuar com um registo de processos que dobra os níveis anteriores à crise.

29 de Maio de 2018 às 13:10
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As insolvências em Portugal devem diminuir cerca de 14% no final de 2018. A confirmarem-se as previsões da Crédito y Caución, este será o terceiro ano consecutivo de descida homóloga neste indicador, depois dos registados recuos de 16% em 2017 e de 6% em 2016.

 

As projecções de crescimento económico, de descida da taxa de desemprego e de aumento das exportações e da produção industrial, ainda que estejam "em desaceleração", são apontados no mais recente "Economic Outlook" deste organismo como justificativos para a esperada redução das insolvências este ano.

 

Apesar da descida prevista, o país ainda deve chegar a Dezembro com um registo de insolvências que dobra os níveis anteriores da crise (201 pontos, face à base 100 considerada para 2007). Num total de 29 economias desenvolvidas analisadas, Portugal surge nesta comparação apenas atrás da Espanha e da Rússia.

 

De acordo com um relatório da Informa D&B divulgado no início de Maio, os encerramentos de empresas registados nos primeiros quatros meses do ano (4.880) mantêm-se em valores próximos do período homólogo (mais 1,9%), ao passo que as novas insolvências totalizaram 870 casos até Abril, o que representou uma queda de 9,9% face a igual período do ano anterior.

 

Do Brexit a Trump

 

O relatório da Crédito y Caución, assinado pelo economista John Lorié, evidencia que as perspectivas nos processos de insolvência são positivas para quase todos os países da Europa ocidental. A excepção vai continuar a ser o Reino Unido, "onde os níveis já aumentaram em 2017 devido à incerteza do Brexit".

 

 

No quadro global, em que as insolvências devem recuar 4,1%, a empresa que reclama uma quota de 27% no mercado português dos seguros de crédito interno e de exportação aponta como principais riscos, entre outros, o proteccionismo da administração americana liderada por Donald Trump, a ameaça de uma guerra comercial e o abrandamento da China devido aos elevados níveis de endividamento.

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