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Criação de empresas de construção dispara 21% no primeiro semestre

A constituição de empresas em Portugal no primeiro semestre aumentou 11,1% face ao mesmo período do ano passado. O destaque vai para as empresas de construção e obras.

Tiago Varzim tiagovarzim@negocios.pt 05 de Julho de 2018 às 13:45

Foram criadas cerca de 2.400 empresas de construção e obras em Portugal no primeiro semestre. Este número representa um aumento de 21,2% face ao mesmo período do ano passado. Em termos percentuais, este foi o sector onde o ritmo de constituição de empresas mais acelerou. Os dados foram divulgados esta quinta-feira pela Iberinform, filial da Crédito y Caución. 

No primeiro semestre deste ano foram constituídas 24.353 empresas em Portugal, mais 11,1% (+2.436) face ao mesmo período de 2017. Este aumento superou em grande medida o número de empresas (3.600) que entraram em insolvência, mais 6,2% (+209) face ao primeiro semestre do ano passado. O saldo entre as constituições e as insolvências é positivo (+2.227). 

O sector da construção e obras foi o que registou uma maior variação percentual na constituição de empresas. Contudo, o seu peso no total das empresas constituídas é de 10%. A categoria "Outros Serviços" continua a dominar o peso na criação de empresas em quase 50%, seguido da hotelaria e restauração (12,1%). Ou seja, estas categorias criam mais empresas em termos brutos. 
De acordo com a Iberinform, Lisboa e Porto "dominam nas constituições com totais acumulados de 8.396 (+17,4%) e 4.338 (+13,8%)". No entanto, o pódio dos maiores aumentos é liderado pelos distritos de Setúbal (+21,3%) e da Guarda (+18,5%) enquanto o dos maiores decréscimos tem os distritos da Horta (-31,4%), Portalegre (-26,8%) e Beja (-17,1%) na liderança.  

No primeiro semestre, as insolvências aumentaram, mas a um ritmo mais baixo. Os sectores onde as insolvências mais aumentaram foram a indústria extractiva (+160%), electricidade, gás, água (+25%) e agricultura, caça e pesca (+13,6%). Por outro lado, as insolvências registaram uma queda significativa nas telecomunicações (-33,3%) e nos transportes (-11,6%).

"Até final de Junho, a conclusão de processos [de insolvência] cresceu 21,5% face a 2017, enquanto os pedidos de insolvência, requeridos ou apresentados pelas próprias empresas, apresentaram uma redução de 9,4%", esclarece ainda a Iberinform, referindo que "a aprovação de planos de insolvência também diminuiu de um total de 62 em 2017 para 44 no primeiro semestre deste ano (-29%)". 

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