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Coloque as suas ideias a andar
Pouco tempo depois de estar a trabalhar numa sala de mercados, Miguel Pina, 25 anos, já sabia que a sua vida profissional não passava pela banca de investimento. Com o apoio da Audax - Centro de Investigação e Apoio ao Empreendedorismo e às...
11 de Fevereiro de 2010 às 15:10
Miguel Pina e Miguel Braga da Costa são dois dos empreendedores que recorreram ao FINICIA para suportarem os projectos em que estavam inseridos. Seja bem-vindo ao programa que ajuda a concretizar as boas ideias de negócio.
Pouco tempo depois de estar a trabalhar numa sala de mercados, Miguel Pina, 25 anos, já sabia que a sua vida profissional não passava pela banca de investimento. Com o apoio da Audax - Centro de Investigação e Apoio ao Empreendedorismo e às Empresas Familiares, do ISCTE, resolveu pegar no seu projecto de final de curso e dar-lhe vida. Foi assim que nasceu a empresa de brinquedos científicos Science4you.
Com um investimento inicial de 55 mil euros, Miguel Pina tinha de encontrar o financiamento adequado. A Audax reencaminhou-o para o FINICIA, do qual já tinha tido conhecimento na faculdade e cerca de dois meses depois, o sonho realizava-se. Em Outubro de 2008, começaram a vender brinquedos, e em Fevereiro de 2010 já planeiam atacar o mercado espanhol em força.
Apoiar o arranque de empresas. É este o objectivo do FINICIA. Lançado em 2006, o programa do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento (IAPMEI) já apoiou directamente o financiamento de 800 firmas, tendo abrangido ainda mais empreendedores. Mas a sua acção não se limita ao financiamento: também dá assistência técnica na fase pré e pós-projecto, quando estes têm maior potencial.
Além disso, apoia a elaboração de planos de negócio, proporciona "coaching" de gestão (processo que visa fomentar no colaborador o conhecimento de si mesmo e de competências de gestão, impulsionando o desejo de melhorar ao longo do tempo), apoio à incubação e facilita a integração institucional na rede de parcerias.
"O público de eleição são empreendedores com um projecto empresarial ou empresas em fase de arranque, isto é, nos primeiros três anos de actividade", explica Rita Seabra, gestora do programa. Mas não se fica por aqui. O FINICIA também apoia microprojectos de interesse local, em conjunto com os municípios, onde não há nenhuma limitação quanto ao ciclo de vida da empresa. Há 96 municípios envolvidos.
Tem havido uma "boa adesão", segundo a gestora, sobretudo porque o programa pode complementar outras iniciativas ligadas ao apoio e à criação de empresas. "Temos empresas que tiveram apoio para a elaboração do plano de negócios, que depois foram financiar-se às Iniciativas Locais de Emprego do IEFP [Instituto do Emprego e Formação Profissional], e regressaram numa fase posterior, para apoio FINICIA de microcapital de risco", adianta Rita Seabra. Esta complementaridade permite que as empresas seleccionem a modalidade de financiamento mais adequada ao seu projecto.
A assistência técnica às empresas é decidida pelo IAPMEI, em conjunto com os parceiros das várias plataformas FINICIA (estruturas regionais que apoiam o empresário). Os projectos a concurso podem vir de quase todos os sectores de actividade, com excepção das empresas regidas pelas leis internacionais da concorrência. Para que seja apoiado pelo FINICIA, este deve ter características diferenciadoras dos restantes, mas não obrigatoriamente inovadoras.
As empresas que surgem com projectos já muito estruturados são remetidas para os operadores financeiros, que têm poder de decisão sobre os mesmos. Por vezes, são os próprios operadores que reencaminham as empresas para o programa. "A rede de parceiros locais pode orientar potenciais empreendedores. Todas as nossas parcerias são pontos de entrada", acrescenta Rita Seabra.
Os operadores financeiros associados ao programa são a banca, Sociedades de Capitais de Risco (participação no capital social de uma empresa, que assegura o suporte financeiro ao seu desenvolvimento) e "business angels" (investidores que realizam investimentos em oportunidades nascentes e contribuem com a sua experiência e 'network' de negócios).
"O que o Estado faz é partilhar o risco das operações com estes operadores, para que democratizem um pouco mais as suas soluções", diz a gestora.
Mais empresas
"O FINICIA nasceu para que boas ideias de negócio não deixassem de se concretizar por falta de financiamento", diz Rita Seabra. O objectivo é ajudar a criar o maior número possível de novas empresas. Mas, na prática, é muito mais do que isso. "A título de exemplo, desde que o FINICIA surgiu, já foram feitas divulgações presenciais junto de mais de 70 mil jovens,", acrescenta.
Não só intervêm directamente junto de empreendedores, como também capacitam os professores para a dinamização do empreendedorismo. "Por isso, além dos resultados imediatos, porventura tão ou mais importante é o trabalho de 'sementeira' que, a prazo, poderá ter um impacto brutal no segmento das micro e pequenas empresas", acrescenta.
Um exemplo deste trabalho é o Poiempreende, resultado de uma parceira com os politécnicos. Este concurso de planos de negócio surgiu há 3 anos em 5 escolas, mas, actualmente, já envolve perto de 200 mil alunos, de todos os politécnicos. Até à data, o Poliempreende ajudou a criar uma dezena de empresas.
Todos os anos, saem milhares de alunos com formação mínima, habilitados a criar uma empresa nos anos seguinte. "Podemos estar a falar de uma pequena revolução para o segmento das microempresas e para os projectos de auto-emprego", conclui Rita Seabra.
Apoiar o arranque de empresas. É este o objectivo do FINICIA. Lançado em 2006, o programa do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento (IAPMEI) já apoiou directamente o financiamento de 800 firmas, tendo abrangido ainda mais empreendedores. Mas a sua acção não se limita ao financiamento: também dá assistência técnica na fase pré e pós-projecto, quando estes têm maior potencial.
Além disso, apoia a elaboração de planos de negócio, proporciona "coaching" de gestão (processo que visa fomentar no colaborador o conhecimento de si mesmo e de competências de gestão, impulsionando o desejo de melhorar ao longo do tempo), apoio à incubação e facilita a integração institucional na rede de parcerias.
Conheça seis formas de financiar o seu negócio Através do programa FINICIA, tem acesso a vários instrumentos de financiamento. 1. Capital de risco Para projectos empresariais com forte conteúdo de inovação e potencial de crescimento, aos quais seja atribuído o Estatuto Inovação, pelo IAPMEI. Não existe qualquer limite para o montante global do investimento. Os promotores devem mobilizar pelo menos 20% dos capitais próprios necessários. Os investidores de Capital de Risco asseguram o financiamento até 80% dos capitais próprios totais. 2. Micro Capital de Risco Para projectos de pequena escala, com características diferenciadoras face ao que já existe, e que tenham potencial de crescimento. O investimento mínimo é de 50 mil euros e o máximo é de 250 mil euros. O promotor deve utilizar, pelo menos, 20% de capitais próprios. O financiamento por capital de risco tem um limite de 100 mil euros. Este financiamento é proporcionado preferencialmente pelo Fundo InovCapital FNICIA, mas outros operadores estão prestes a entrar no mercado. 3. Combinação de instrumentos de financiamento Soluções combinadas de capital de risco e de crédito com garantia mútua para criação de empresas ou aquelas que tenham menos de três anos. É necessário que obtenham o Estatuto Inovação e financiamento de um Investidor de Capital de Risco no âmbito do FINICIA. Assim, o prazo do financiamento bancário deve ser superior a três anos, limitado a 30% do investimento total. A Garantia Mútua, que cobre até 75%, tem um limite de 95 mil euros. 4. Linha de Crédito Early Stage Destina-se a empreendedores em fase de criação de empresa ou a PME's com menos de três anos, com novas iniciativas empresariais, sobretudo, inovadoras. O projecto de investimento deve ser economicamente viável e superior a 25 mil euros. O financiamento está limitado a 100 mil euros e o prazo de duração do crédito compreende os três e os cinco anos. Pode existir um período de carência máxima de seis meses. O FINICIA tem protocolos com o BES, Millennium bcp e Santander Totta. 5. Microcrédito Para destinatários semelhantes dos da Linha de Crédito Early Stage, mas para investimentos máximos de 25 mil euros. É um micro financiamento bancário, suportado em garantia mútua, que deve ser concretizado por uma Instituição de Crédito protocolada com as Sociedades de Garantia Mútua. O microcrédito tem uma duração fixa de três anos. Neste âmbito, o FINICIA tem um protocolo com o Banco BPI. 6. Fundos Municipais Para apoiar a criação de empresas ou PME já existentes, com actividade, sobretudo, no âmbito local. Também é possível apoiar empresas em nome individual, desde que tenham contabilidade organizada. Tem duas formas de financiamento: bancário e um subsídio municipal, que pode adequar a sua intervenção aos objectivos de desenvolvimento local que pretende atingir. O limite concedido pelo Fundo é de 45 mil euros por projecto, com uma duração de três a seis anos e um ano de carência. O banco concede 80% do investimento através de um crédito com taxa de juro preferencial (Euribor a 180 dias acrescida de um "spread" que poderá atingir, no máximo, 1,25%). |
"O público de eleição são empreendedores com um projecto empresarial ou empresas em fase de arranque, isto é, nos primeiros três anos de actividade", explica Rita Seabra, gestora do programa. Mas não se fica por aqui. O FINICIA também apoia microprojectos de interesse local, em conjunto com os municípios, onde não há nenhuma limitação quanto ao ciclo de vida da empresa. Há 96 municípios envolvidos.
Tem havido uma "boa adesão", segundo a gestora, sobretudo porque o programa pode complementar outras iniciativas ligadas ao apoio e à criação de empresas. "Temos empresas que tiveram apoio para a elaboração do plano de negócios, que depois foram financiar-se às Iniciativas Locais de Emprego do IEFP [Instituto do Emprego e Formação Profissional], e regressaram numa fase posterior, para apoio FINICIA de microcapital de risco", adianta Rita Seabra. Esta complementaridade permite que as empresas seleccionem a modalidade de financiamento mais adequada ao seu projecto.
A assistência técnica às empresas é decidida pelo IAPMEI, em conjunto com os parceiros das várias plataformas FINICIA (estruturas regionais que apoiam o empresário). Os projectos a concurso podem vir de quase todos os sectores de actividade, com excepção das empresas regidas pelas leis internacionais da concorrência. Para que seja apoiado pelo FINICIA, este deve ter características diferenciadoras dos restantes, mas não obrigatoriamente inovadoras.
Com a CSide é possível ter toda uma casa digital. No trabalho ou no trânsito, verifica se o seu lar permanece em segurança. Miguel Braga da Costa, 32 anos, é licenciado em Engenharia Mecânica, pela Universidade do Porto e um dos promotores da CSide - Soluções Inteligentes, outro projecto com apoio FINICIA. Em Agosto de 2003, integrou a CentralCasa - Projectos de Domótica, como responsável pelo departamento de Marketing e Formação. Também foi responsável pelo lançamento do projecto VisaoWeb, vencedor do prémio nacional do Jovem Empreendedor, promovido pela Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE). A CSide, onde é "account manager", é já outro exemplo de sucesso. A sua equipa recebeu o prémio Melhor Empreendedor do Ano promovida pela ANJE, foi distinguida com o 4º lugar no concurso mundial Ericson Mobile Awards e com o 3º lugar do Start - Microsoft/BPI - Prémio Nacional de Empreendedorismo. Em 2007, recebeu os estatutos IAPMEI INOVAÇÃO e NEST, pela Agência Portuguesa de Inovação. Foi enquanto elaboravam o plano de negócios da CSide que surgiu a hipótese de participarem no FINICIA. "Uma das opções para a criação [da empresa] passaria, eventualmente, pela participação de uma Capital de Risco. Este tema foi posteriormente aprofundado com o auxílio da InovCapital, resultando na criação da CSide em Janeiro de 2008", explica Miguel Braga da Costa. O processo, esse, foi célere e de encontro às expectativas criadas. Foi utilizado o Fundo de Sindicação de Capital de Risco PME-IAPMEI, que partilhou o risco das operações realizadas pela InovCapital. O incentivo do programa é relevante, pois caso os promotores queiram comprar acções, aquando da saída da Capital de Risco, têm condições mais favoráveis para fazê-lo, segundo Miguel Braga da Costa. Mas, afinal, o que é a CSide? "O projecto consiste no desenvolvimento de uma plataforma - o Digital Home - que permite aos operadores de telecomunicações, a oferta de serviços inovadores na área da segurança, domótica [tecnologia que permite a gestão de todos os recursos habitacionais] e vigilância", acrescenta. Assim, pode fazer uma gestão remota da sua casa através de um conjunto de interfaces. Ligar ou desligar o alarme, receber notificações em caso de incêndio, fuga de gás ou água e fazer uma optimização energética do lar é agora possível, à distância. "São disponibilizados um conjunto de interfaces, intuitivos e apelativos, de acesso remoto, através do telemóvel, computador pessoal, televisão e PDA's, permitindo ao utilizador a gestão remota da sua casa inteligente", explica. Para Miguel Braga da Costa teria sido possível lançar a CSide sem o apoio do FINICIA, visto as suas mais-valias se revelarem apenas num "cenário de saída da capital de risco e não no acto da criação da sociedade". Quando tal acontecer, podem accioná-las. A CSide surgiu de um "spin-off" da área de investigação e desenvolvimento da CentralCasa, empresa com experiência na área desde 1999, que oferece um serviço especializado de automatização doméstica. Em 2008, a equipa da CSide acompanhou a comitiva presidencial na deslocação à Polónia e à Eslováquia, participando na exposição "e.Portugal, Global Technology", em Varsóvia. |
As empresas que surgem com projectos já muito estruturados são remetidas para os operadores financeiros, que têm poder de decisão sobre os mesmos. Por vezes, são os próprios operadores que reencaminham as empresas para o programa. "A rede de parceiros locais pode orientar potenciais empreendedores. Todas as nossas parcerias são pontos de entrada", acrescenta Rita Seabra.
Os operadores financeiros associados ao programa são a banca, Sociedades de Capitais de Risco (participação no capital social de uma empresa, que assegura o suporte financeiro ao seu desenvolvimento) e "business angels" (investidores que realizam investimentos em oportunidades nascentes e contribuem com a sua experiência e 'network' de negócios).
"O que o Estado faz é partilhar o risco das operações com estes operadores, para que democratizem um pouco mais as suas soluções", diz a gestora.
Uma parceria entre comentidades universitárias deu origema umprojecto académico sobre brinquedos científicos. Miguel Pinamal sonhava que a Science4you seriamesmo o seu futuro. Miguel Pina, 25 anos, estudava Finanças, no ISCTE - Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, quando teve a dura missão de escolher o papelinho que indicava o projecto de final de curso do seu grupo. Quando surgiu "kits de física", a decepção não podia ser maior. Depois de várias reuniões com os promotores da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), com a qual o ISCTE tem uma parceria, chegaram à conclusão que tinham de fazer algo que a FCUL certificasse e que pudessem potenciá-lo para o mercado. Porque não brinquedos científicos? "O nome do projecto deixou de ser 'kits de física' e passou a ser Science4all [nome inicial]. Tínhamos 3 campos de acção: a questão dos kits, a dos brinquedos e outra colocada posteriormente, a dos campos de férias e formação", explica Miguel Pina, presidente do conselho de administração da empresa. Planearam estas 3 áreas de negócio e em Outubro de 2008 começaram a vender brinquedos. Entre o projecto de fim de curso e a criação da empresa que tem sede no ICAT - Instituto de Ciência Aplicada e Tecnologia, Miguel Pina ainda teve a oportunidade de experienciar outra áreas do mercado. "Durante 6 meses estive a trabalhar na banca de investimento, numa sala de mercados. Eu não sabia muito bem o que queria quando acabei o curso, mas consegui perceber o que não queria", comenta. Quando percebeu que o seu futuro profissional não passava pela compra e venda de acções, decidiu inscrever-se num mestrado e dar vida ao projecto que viu nascer. Foi através da Audax - Centro de Investigação e Apoio ao Empreendedorismo e às Empresas Familiares, do ISCTE, que deram andamento do projecto. A partir daí foram reencaminhados para o FINICIA. Submeteram-se ao programa em Novembro, Dezembro de 2007, e a 30 de Janeiro de 2008 nasceu a Science4you, com um capital social de 55 mil euros, 10 mil dos promotores e 45 mil de microcapital de risco. "Quando fizemos o projecto, já sabíamos que existia o FINICIA, até porque o plano de negócios foi feito com base nos 50 mil euros, para concorrermos ao programa. Mas a verdade é que na altura era apenas uma miragem...", confidencia Miguel Pina. Com um plano de negócio bem estruturado, concorreram ao financiamento. Hoje, um ano e meio depois dos primeiros brinquedos científicos estarem à venda, não se podem queixar. Apesar de terem começado com cerca de 6 brinquedos, em 2009, conseguiram chegar aos 12 e, em Março, vão ter 20 referências em Portugal e 12 em Espanha. "Porque o negócio estava a correr muito bem em Portugal, decidimos entrar em Espanha, via FNAC. Vamos atacar em força o mercado espanhol agora em Fevereiro", comenta. Por cá, o sucesso parece andar de mãos dados com os brinquedos certificados pela FCUL, que já tem parcerias com 10 museus da ciência nacionais. Questionado sobre se teria sido possível avançar com esta ideia sem o apoio do FINICIA, Miguel Pina diz que não. "Confesso que não, o apoio foi mesmo fundamental. Não é que não houvesse dinheiro, mas assim está tudo muito mais simplificado. Se não fosse isso, não quer dizer que a empresa não andasse, mas, nesta altura, não andava de certeza", diz o presidente da Science4you. "No microcapital de risco, como a idade não é um posto, acaba por ser mais fácil. Por isso, eu acho que se não tivéssemos o FINICIA não teríamos avançado. Hoje, estaria a trabalhar numa consultora e não haveria brinquedos científicos em Portugal.", confessa Miguel Pina ao Negócios. |
Mais empresas
"O FINICIA nasceu para que boas ideias de negócio não deixassem de se concretizar por falta de financiamento", diz Rita Seabra. O objectivo é ajudar a criar o maior número possível de novas empresas. Mas, na prática, é muito mais do que isso. "A título de exemplo, desde que o FINICIA surgiu, já foram feitas divulgações presenciais junto de mais de 70 mil jovens,", acrescenta.
Não só intervêm directamente junto de empreendedores, como também capacitam os professores para a dinamização do empreendedorismo. "Por isso, além dos resultados imediatos, porventura tão ou mais importante é o trabalho de 'sementeira' que, a prazo, poderá ter um impacto brutal no segmento das micro e pequenas empresas", acrescenta.
Um exemplo deste trabalho é o Poiempreende, resultado de uma parceira com os politécnicos. Este concurso de planos de negócio surgiu há 3 anos em 5 escolas, mas, actualmente, já envolve perto de 200 mil alunos, de todos os politécnicos. Até à data, o Poliempreende ajudou a criar uma dezena de empresas.
Todos os anos, saem milhares de alunos com formação mínima, habilitados a criar uma empresa nos anos seguinte. "Podemos estar a falar de uma pequena revolução para o segmento das microempresas e para os projectos de auto-emprego", conclui Rita Seabra.