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Ambisig - Sozinho vai-se rápido, mas não se chega longe

Uma parceria entre a Ambisig e a Mota-Engil Ferrovias mudou o rumo das duas empresas.

Ambisig - Sozinho vai-se rápido, mas não se chega longe
29 de Março de 2012 às 11:54
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Vasco Ferreira | "As parcerias é que nos levam longe".


Empresa Ambisig
Início de actividade 1994. Começou por fazer implementação de tecnologia de terceiras partes, em 2002 começou a ter tecnologia para produzir as próprias soluções.
Área de actividade Soluções para a área de engenharia, ambiente e gestão empresarial
Número de colaboradores 54
Facturação de 2011 Cerca de três milhões de euros
Sítio www.ambisig.com


Trabalhar em parceria com outras empresas não é nem foi novidade para Vasco Ferreira, administrador executivo da Ambisig. Primeiro, porque teve a percepção de que o mercado, mesmo na área das tecnologias, começava a ter muita concorrência, explica. Depois, porque reunir uma equipa capaz é essencial para quem quer inovar, reunir competências e comercializar produtos inovadores. Por último, chega "o próprio gosto que a empresa sempre teve em se diferenciar do mercado", conta.

"A nossa gestão empresarial já há muito que estava direcionada para estes factores de diferenciação", diz. O conceito de "open innovation" foi algo que lhe pareceu natural. "Percebi que sozinho posso ir mais rápido, mas não vou mais longe. As parcerias é que nos levam longe", afirma.

Exemplo disso é a parceria que a empresa, que desenvolve soluções inovadoras para a área de engenharia, ambiente e gestão empresarial, tem desenvolvido com a Mota-Engil Ferrovias. "A Ambisig nunca teria o conhecimento necessário para desenvolver produtos suficientes para este mercado utilizar. Qualquer pessoa percebe isto. Nós intuímo-lo, experimentámo-lo e só depois é que ouvimos falar neste conceito", conta, acrescentando que sempre foi evidente para a gestão da empresa a diferença de resultados obtidos quando se trabalha com outras entidades, que têm conhecimento noutras áreas.

"É mais do que evidente a diferença de resultados que se obtém trabalhando com outras entidades, com as quais se pode repartir o investimento necessário para a validação destes projectos e das soluções obtidas", diz. Há outra vantagem. O conhecimento chega de organizações que estão habituadas ao convívio com as exigências empresarias, a preocupação do "time to market", o lucro que as inovações podem produzir localmente, entre outros. Vasco Ferreira explica que tudo isto são factores que as instituições de ensino, sem que ponha em causa o seu conhecimento tecnológico, se preocupam menos.


"A inovação é uma nova forma de fazer um serviço ou produto, mas sempre associado a um plano de negócios, que permita a sua comercialização e rentabilização. Sem esta segunda componente, a inovação torna-se apenas uma curiosidade."
Vasco Ferreira


"Para nós, é bem claro como a inovação é uma nova forma de fazer um serviço ou produto, mas sempre associado a um plano de negócios, que permita a sua comercialização e rentabilização. Sem esta segunda componente, a inovação torna-se apenas uma curiosidade." E foi neste sentido que a parceria com a empresa Ferrovias, do grupo Mota-Engil se foi tornando uma realidade.

João Loureiro começa por contar as necessidades que a sua empresa tinha de criar produtos que ajudassem as suas equipas a executarem melhor o trabalho do dia-a-dia, com mais eficácia e melhor prestação de serviços perante o cliente. "Esta colaboração com a Ambisig nasceu da vontade de fazer uma manutenção integrada das vias férreas. Sabíamos o que precisávamos e a Ambisig reproduziu essas necessidades através do desenvolvimento de um 'software' de gestão de manutenção", conta. Este permite às equipas que estão no terreno inspeccionarem a via e programarem todos os trabalhos que daí decorrem. João Loureiro acrescenta que as empresas têm que responder ao mercado mais rapidamente e com menos custos. "Foi desta forma que a Ferrovias conseguiu diferenciar-se do mercado", diz João Loureiro.

O projecto foi o ponto de partida para a colaboração entre as empresas fazer parte da realidade do dia-a-dia. Há produtos desenvolvidos em cooperação que podem servir outras empresas do mercado. "Inovar é um potenciador da actividade, mas é importante que se procure mercados para essa inovação. Vale a pena tentarmos encontrar mercados adicionais, que permitam amortizar todo o esforço feito no desenvolvimento desta aplicação", comenta Vasco Ferreira.


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