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ES Saúde continua a valorizar e supera oferta melhorada da Fidelidade

A evolução das acções da Espírito Santo Saúde indica que o mercado acredita em nova melhoria da oferta sobre as acções da empresa, mesmo depois da Fidelidade ter subido a contrapartida em 10 cêntimos por acção.

Miguel Baltazar/Negócios
29 de Setembro de 2014 às 08:52
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As acções da Espírito Santo Saúde (ES Saúde) estão a reagir em alta à subida da oferta da Fidelidade e negoceiam acima da nova contrapartida da seguradora controlada pelos chineses da Fosun.

 

Os títulos sobem 0,76% para 4,907 euros, uma cotação que se encontra 1,8% acima do preço da OPA da Fidelidade. A seguradora registou a OPA na passada sexta-feira, tendo optado por melhorar a sua oferta em 10 cêntimos, para 4,82 euros por acção.

 

Com a José de Mello Saúde afastada para já da guerra pela empresa que controla o Hospital da Luz, os chineses anteciparam-se a uma eventual oferta da Amil, colocando agora pressão para que o Grupo Ángeles volte a aumentar o preço.

 

A OPA arrancou esta segunda-feira e termina na sexta-feira da próxima semana, sendo que o prazo da OPA dos mexicanos da Ángeles foi prorrogado e termina na mesma altura. Caso queira responder à OPA da Fidelidade, a Àngeles terá que oferecer 4,916 euros, mais 9,2% do que a sua actual oferta (4,50 euros).

 

"A Fidelidade aumentou o preço para antecipar uma eventual OPA da Amil, visto que a Rioforte prefere vender a ES Saúde através de um processo concorrencial em bolsa", diz Steven Santos, gestor da XTB Portugal. A Rioforte, que está em gestão controlada no Luxemburgo, detém indirectamente 51% do capital da ES Saúde.

 

"A Fidelidade está determinada em vencer esta corrida", remata Steven Santos que, contudo, não descarta que a OPA à ES Saúde possa voltar a ser uma luta a três, agora com um concorrente norte-americano. "O próximo passo deverá ser o lançamento de uma OPA pela Amil, uma vez que o cenário de uma compra fora de bolsa foi afastado. A Ángeles, que abriu as hostilidades, está a ser superada pela Fidelidade e deverá ser também ultrapassada pela Amil", nota.

 

"A grande questão é saber se a Ángeles, apoiada num sindicato bancário, tem músculo financeiro para responder às subidas do preço da Fidelidade e da Amil, que têm accionistas bem capitalizados", nota o gestor da XTB. A Fidelidade já "depositou o montante de 460,5 milhões de euros, correspondente ao valor máximo a pagar como contrapartida para as acções objecto da presente oferta concorrente, junto do Banco Caixa Geral de Depósitos e do Banco Finantia", lê-se no prospecto. No anúncio preliminar, os chineses garantiram que a OPA seria totalmente financiada com fundos próprios.

 

Acções com tracção

 

Toda a sucessão de ofertas tem puxado pelas acções da ES Saúde em bolsa. Depois de uma oferta pública inicial (IPO, na sigla anglo-saxónica) a 3,20 euros, em Fevereiro, os títulos têm atingido recordes consecutivos. Chegaram a transaccionar a 4,97 euros, mas corrigiram nas últimas sessões depois do afastamento da José de Mello Saúde.

 

Continuam, contudo, a negociar acima da oferta revista da Fidelidade, sendo que há margem para voltarem a acentuar a tendência de ganhos. "A Fidelidade tem flexibilidade para continuar a subir o preço, o que tem uma leitura positiva para as acções", diz Steven Santos. E "se a Amil lançar uma OPA, as acções da ES Saúde têm margem para ultrapassar os cinco euros", remata.

 

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