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Endividamento bancário das administrações portuárias atinge 165 milhões
O Tribunal de Contas, na auditoria ontem divulgada à situação económico-financeira das administrações portuárias portuguesas, relativa aos exercícios de 2002 a 2005, chama a atenção que em Setúbal, Sines e Aveiro não está “garantida a respectiva auto sust
O Tribunal de Contas, na auditoria ontem divulgada à situação económico-financeira das administrações portuárias portuguesas, relativa aos exercícios de 2002 a 2005, chama a atenção que em Setúbal, Sines e Aveiro não está "garantida a respectiva auto sustentabilidade financeira". Isto porque os proveitos gerados pela sua actividade não foram suficientes para cobrir os custos anuais.
Entre 2002 e 2005, o investimento em grandes infraestruturas portuárias atingiu os 254 milhões de euros. Destes, 73 milhões de euros foram conseguidos através do recurso ao crédito por parte das administrações portuárias.
O seu endividamento bancário atingiu, assim, em 2005, os 165 milhões de euros. De acordo com o TC, só o passivo bancário da administração do Porto de Sines situa-se em 74,4 milhões de euros, enquanto que o de Lisboa tem por saldar à banca 57,8 milhões. Apenas o porto de Douro e Leixões não recorreu a empréstimos de médio e longo prazos para financiar a actividade e os investimentos.
Ainda assim, os cinco principais portos portugueses - Setúbal, Aveiro, Lisboa, Leixões e Sines - apresentaram no ano passado o melhor resultado agregado de sempre, com lucros conjuntos de 13,5 milhões de euros, quando em 2002 estavam no vermelho.