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Trabalhadores da Impresa alertam para “incerteza total”

A Comissão de Trabalhadores da Impresa alerta que há “incerteza total" quanto ao futuro dos títulos do grupo. O director de Recursos Humanos diz que “todos os cenários estão em avaliação”.

O CaixaBI tem uma recomendação de “reduzir” para a Impresa, depois de as acções da cotada terem disparado 86% no ano passado, um desempenho que está relacionado com a especulação de movimentos de fusões e aquisições no sector dos media. O banco destaca que uma das fraquezas do sector está na baixa visibilidade do mercado publicitário sendo que a renegociação do contrato com a Nos é outros dos riscos.
Pedro Catarino
24 de Agosto de 2017 às 19:54
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Depois das notícias sobre a eventual venda ou encerramento das revistas do Impresa, a Comissão de Trabalhadores do Grupo pediu uma reunião de urgência com o presidente executivo da empresa. No entanto, como Francisco Pedro Balsemão "se encontra fora de Lisboa", sugeriu que o encontro fosse realizado com o director de Recursos Humanos, Eduardo Gomes.

 

Após a reunião, a Comissão de Trabalhadores da Impresa Publishing concluiu que há uma "incerteza total quanto ao futuro de todos os títulos", entre os quais a Activa, Blitz, Caras Exame, TV Mais e Visão, "à excepção do Expresso", de acordo com um comunicado emitido pela CT do grupo.

 

"Fechar tudo, vender tudo, fechar parte, vender parte, ficar com alguns - todos os cenários estão em avaliação e a única garantia é que a Impresa Publishing não pode continuar nestes moldes", referiu o director de recursos humanos, durante a mesma reunião.

 

Tendo em conta este cenário, a Comissão de Trabalhadores conclui que há "incerteza total quanto ao futuro dos trabalhadores não só directamente ligados aos títulos acima referidos, como a outros departamentos da Impresa Publishing (Fotografia, Produção, Marketing, Publicidade, Gesco, Multiplatataforma, Distribuição, etc.) e também trabalhadores da Impresa Serviços.

 

A CT da Impresa Publishing lamenta ainda "a forma como esta notícia foi divulgada, causando alarme entre os trabalhadores sem que a comissão executiva tenha respostas para lhes dar".

 

Mas lamenta "sobretudo que seja posta em causa a sobrevivência de títulos válidos e importantes no panorama da comunicação social nacional, podendo levar mais de uma centena de trabalhadores para o desemprego", segundo o mesmo comunicado.

 

Por estas razões, considera "que este anúncio não faz de todo justiça ao esforço e dedicação destes trabalhadores, que muito contribuíram para o actual crescimento generalizado destes títulos (em vendas e em publicidade), em contracorrente com o que se passa no mercado".

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