Notícia
RTP e Lusa suspensas na Guiné-Bissau
A transmissão da rádio e televisão portuguesas e a actividade da agência noticiosa vão ser suspensas pelo governo guineense, que alega que o acordo bipartido para a comunicação social caducou.
A actividade da RTP, da RDP e da agência Lusa na Guiné-Bissau vai ser suspensa pelo Governo local ao final do dia de hoje, avançam a RTP e a Lusa.
A decisão, de acordo com a estação de televisão portuguesa, foi tomada pelo ministro guineense da Comunicação Social, Victor Gomes Pereira, alegando que o acordo de cooperação entre os dois países, vigente desde 31 de Outubro de 1997, caducou.
Segundo o ministro, as actividades vão ser suspensas à meia-noite de hoje (01:00 em Lisboa). Citado pela Lusa, o governante disse ser necessário "revisitar e renegociar" as condições do acordo de cooperação, celebrado há 20 anos.
"Perante o insistente silêncio que para nós se traduz em manifesta falta de vontade política da parte portuguesa, no dia 1 de Junho de 2017, foi enviada com carácter de urgência, uma nova carta ao ministro da comunicação social de Portugal, onde não só se elencam os motivos da proposta de suspensão das actividades da RTP na Guiné-Bissau, como também se propõe a data limite de 30 de Junho para esse efeito", salientou Vítor Pereira.
Em comunicado, a RTP disse lamentar "profundamente a decisão de impedir os guineenses de acederem às emissões da RTP África e da RDP África". A estação pública de rádio e televisão acrescenta que "diminuir as opções disponíveis de informação, de entretenimento e de cultura só pode ser visto como um retrocesso," e manifesta o desejo de que "esta decisão possa ser ultrapassada o mais brevemente possível."
A Direcção de Informação da Lusa enviou hoje à sua redacção um comunicado em que considera esta decisão "atentatória da liberdade de informação", acrescentando que "vai apresentar o seu protesto junto das instâncias adequadas," refere aquela agência noticiosa.
A suspensão ocorre mais de uma semana depois de o conselho de ministros guineense ter deliberado de acordo com a Rádio Nossa, a 21 de Junho, que as emissões de RTP e da RDP seriam encerradas até dia 30 de Junho se o Governo português não renovasse o contrato de emissão da RTP na Guiné-Bissau.
Na semana passada, o ministro da Comunicação Social e o embaixador de Portugal, António Leão Rocha, ter-se-ão reunido para discutir o assunto, mas sem ter havido evolução.
De acordo com o Deutsche Welle, o protocolo foi assinado em Outubro de 1997 para a instalação de uma delegação RTP no país e as diligências feitas pelo governo guineense junto das autoridades portuguesas não terão tido os resultados esperados.
Já a Rádio Jovem refere que além do fim do acordo de cooperação, a recente substituição do delegado da RTP/Lusa na Guiné-Bissau causou mal-estar uma vez que foi feita sem conhecimento prévio do ministro da Comunicação Social. Essas duas razões terão sido invocadas pelo ministro da Comunicação Social em carta enviada ao ministro português da Cultura, Luís de Castro Mendes.
Aquele meio acrescenta que a cooperação luso-guineense ao nível da Comunicação Social remonta a 1975.
(Notícia actualizada às 14:51 com mais informação)
A decisão, de acordo com a estação de televisão portuguesa, foi tomada pelo ministro guineense da Comunicação Social, Victor Gomes Pereira, alegando que o acordo de cooperação entre os dois países, vigente desde 31 de Outubro de 1997, caducou.
"Perante o insistente silêncio que para nós se traduz em manifesta falta de vontade política da parte portuguesa, no dia 1 de Junho de 2017, foi enviada com carácter de urgência, uma nova carta ao ministro da comunicação social de Portugal, onde não só se elencam os motivos da proposta de suspensão das actividades da RTP na Guiné-Bissau, como também se propõe a data limite de 30 de Junho para esse efeito", salientou Vítor Pereira.
Em comunicado, a RTP disse lamentar "profundamente a decisão de impedir os guineenses de acederem às emissões da RTP África e da RDP África". A estação pública de rádio e televisão acrescenta que "diminuir as opções disponíveis de informação, de entretenimento e de cultura só pode ser visto como um retrocesso," e manifesta o desejo de que "esta decisão possa ser ultrapassada o mais brevemente possível."
A Direcção de Informação da Lusa enviou hoje à sua redacção um comunicado em que considera esta decisão "atentatória da liberdade de informação", acrescentando que "vai apresentar o seu protesto junto das instâncias adequadas," refere aquela agência noticiosa.
A suspensão ocorre mais de uma semana depois de o conselho de ministros guineense ter deliberado de acordo com a Rádio Nossa, a 21 de Junho, que as emissões de RTP e da RDP seriam encerradas até dia 30 de Junho se o Governo português não renovasse o contrato de emissão da RTP na Guiné-Bissau.
Na semana passada, o ministro da Comunicação Social e o embaixador de Portugal, António Leão Rocha, ter-se-ão reunido para discutir o assunto, mas sem ter havido evolução.
De acordo com o Deutsche Welle, o protocolo foi assinado em Outubro de 1997 para a instalação de uma delegação RTP no país e as diligências feitas pelo governo guineense junto das autoridades portuguesas não terão tido os resultados esperados.
Já a Rádio Jovem refere que além do fim do acordo de cooperação, a recente substituição do delegado da RTP/Lusa na Guiné-Bissau causou mal-estar uma vez que foi feita sem conhecimento prévio do ministro da Comunicação Social. Essas duas razões terão sido invocadas pelo ministro da Comunicação Social em carta enviada ao ministro português da Cultura, Luís de Castro Mendes.
Aquele meio acrescenta que a cooperação luso-guineense ao nível da Comunicação Social remonta a 1975.
(Notícia actualizada às 14:51 com mais informação)