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Revista Rolling Stone está à venda
O clã Wenner vai vender a sua participação na revista que fundou e comemora agora os seus 50 anos. O próximo aniversário pode ser celebrado com novos donos.
Depois de 50 anos, a Rolling Stone vai mudar de mãos. O accionista maioritário da revista norte-americana confirmou a intenção de vender a sua participação de 51%. Trata-se da Wenner Media, liderada por Gus Wenner, de 27 anos, filho do fundador da publicação, Jann Wenner.
"Demos grandes passos para transformar a Rolling Stone numa empresa multiplataforma, e estamos entusiasmados para encontrar o lar certo para ela, construir uma base sólida e expandir exponencialmente o negócio", afirmou Gus Wenner, citado pela imprensa internacional. A venda foi avançada pelo The New York Times.
A revista dedicada ao universo musical e à cultura pop, mas que integrava frequentemente artigos de cariz político e é crítica do actual presidente norte-americano Donald Trump, foi fundada por Jann Wenner em São Francisco em 1967.
O valor para a alienação não foi revelado nem se existem potenciais compradores já a negociar. A crescente concorrência do digital e as vendas de publicidade justificam a decisão de alienar esta participação.
Com cerca de 60 milhões de leitores por mês, a empresa sofreu um abalo na sua reputação depois de, em 2014, ter noticiado uma violação na Universidade de Virgínia, que acabou por se mostrar falsa.
No seu percurso, uma das capas mais reconhecidas foi tirada pela fotógrafa Annie Leibovitz – que colaborou várias vezes com a revista – a John Lennon e Yoko Ono, poucas horas antes de o membro dos The Beatles ter sido baleado.
"A Rolling Stone tem desempenhado um papel tão importante na história do nosso tempo, tanto a nível social, político e cultural. Queremos manter essa posição", reagiu o fundador Jann Wenner, de 71 anos.
Em 2017, ainda durante o primeiro semestre, a empresa já tinha vendido os títulos US Weekly e Men’s Journal, que também detinha, à American Media, revelando uma mudança na sua estratégia editorial. Apesar da venda, a imprensa internacional refere que o clã Wenner deverá continuar à frente dos destinos da Rolling Stone.
A BandLab Technologies, uma tecnológica dedicada à música e com sede em Singapura, tem uma posição de 49% - adquirida no final de 2016 - na Rolling Stone.