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Prisa refinanciará dívida e não terá que vender activos relevantes “ao desbarato”

Os accionistas da Prisa, dona da Media Capital, aprovaram esta terça-feira refinanciar a dívida, que ascende a 3.200 milhões de euros, de modo a que a empresa não tenha que vender activos "relevantes" de forma "precipitada" ou ao 'desbarato'.

Bloomberg
10 de Dezembro de 2013 às 16:23
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Juan Luis Cebrián, presidente executivo da empresa dona da TVI disse que com o refinanciamento a Prisa evita ter que responder à "pressão à baixa, nos preços, pelo oportunismo de alguns".

 

Durante a Assembleia Geral extraordinária desta terça-feira, 10 de Dezembro, Cebrián disse que as empresas do grupo "estarão em condições de reforçar a sua excelência, melhorar a sua competitividade e consolidar a sua independência editorial".

 

Segundo o conselheiro delegado de Prisa, Fernando Abril-Martorell, o processo de refinanciamento garante uma "quantidade substancial" de nova liquidez para responder às necessidades de médio prazo e a extensão dos vencimentos da dívida a 5 e 6 anos.

 

Isso, disse, dará "suficiente tempo para que os activos recuperem o seu valor e potencial de geração de caixa".

 

A flexibilidade no processo de redução de dívida e de venda de activos "quanto a tempo e quanto a valoração" é outro dos factores assinalados por Abril-Martorell para culminar os acordos de que fazem parte os 28 bancos credores e os 17 fundos de investimento que compraram parte da dívida.

 

O conselheiro delegado explicou que o financiamento se estrutura em três tranches, das quais a primeira se refere a dinheiro novo injectado pelos fundos (353 milhões de euros, com vencimento a dois anos, mas que tem um ano adicional de extensão, com uma comissão que poderá ser paga entregando "warrants" - opções sobre acções - equivalentes a 17% de acções A de Prisa).

 

A segunda tranche é de 647 milhões de euros a 5 anos e a terceira e última é de 2,278 milhões de euros a seis anos.

 

"Nenhum destes acordos obriga à venda de nenhum activo em particular, nem num momento determinado nem com uma determinada avaliação, permitindo à empresa assegurar que toma as decisões corretas e mais favoráveis com flexibilidade temporária", disse Abril-Martorell.

 

Cebrián também se referiu ao cumprimento das novas condições, que implica, segundo disse, a venda de "activos relevantes" de Pressa, mas num "prazo suficiente e realista que tem de facilitar que as ditas disposições não se façam com precipitação" nem submetidos a pressão "à baixa".

 

Abril-Martorell recordou que o acordo impõe "estritas limitações" ao grupo quanto ao endividamento adicional, aquisições, investimentos e necessidade de garantias, algo que considerou "razoável no contexto actual".

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