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Media Capital passa de lucros a prejuízos no primeiro trimestre
O grupo de media registou no primeiro trimestre um resultado líquido negativo de 1,4 milhões de euros, contra lucros de 1,9 milhões um ano antes.
A Media Capital – que controla a TVI, a Rádio Comercial e a produtora audiovisual Plural, entre outros ativos – reportou perdas de 1,38 milhões no primeiro trimestre deste ano, contra lucros de 1,9 milhões no período homólogo de 2018.
A contribuir esteve um aumento de 41% das depreciações e amortizações.
O Grupo Media Capital destaca que estes resultados estão em linha com o orçamentado para o primeiro trimestre (com menor impacto no ano, por força da sazonalidade), sendo de perspetivar que no final do ano corrente a performance do grupo esteja em linha com a verificada em anos anteriores.
"Os montantes investidos neste período foram superiores ao verificado em anos anteriores, e não são referência para o futuro. Acreditamos que terão um impacto positivo nos resultados do ano e na grelha da televisão já a partir de maio", explicou Rosa Cullel, CEO da Media Capital.
Os proveitos operacionais, por sua vez, subiram 1%, de 38,7 para 39,3 milhões de euros, no mesmo período de comparação.
As receitas de publicidade aumentaram 4%, para 25,2 milhões de euros, desempenho para o qual contribuiu em grande medida o segmento de rádio, onde o crescimento na publicidade foi de 16%. Já no segmento ‘outros’ (que inclui as áreas do Digital, entre outras) a subida homóloga foi de 34%, sublinha a empresa no comunicado dos resultados divulgado junto da CMVM.
No segmento da Rádio, "destaca-se ainda o desempenho da audiência, com a audiência acumulada de véspera (AAV) a atingir 27,1%. Trata-se do valor de AAV mais elevado de qualquer grupo de rádio desde 2003, destaca o documento das contas. "Enquanto a Rádio Comercial registou o maior número de ouvintes de sempre de uma rádio portuguesa, a M80 registou o seu maior ‘share’ de sempre", acrescenta.
Na área Digital, e face ao mesmo período do ano passado, o número de visitas, páginas vistas e vídeos visionados aumentou 46%, 60% e 11%, respetivamente. Além da melhoria nas audiências, também ao nível das receitas a tónica foi de crescimento, aponta a empresa.
No segmento de Televisão, a publicidade subiu 1% face ao período homólogo. Ainda neste segmento, o EBITDA ajustado, isto é, excluindo efeitos não recorrentes, foi negativo em 0,6 milhões de euros. Os gastos operacionais ajustados de gastos de reestruturação aumentaram 12% devido essencialmente à aposta em conteúdos, com o objetivo de manter os níveis de liderança na audiência "prime time".