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Lucros da Cofina recuam 6,7% para 3,5 milhões
As receitas do grupo de media caíram 1,8% devido à queda dos proveitos de circulação e de publicidade. As receitas do segmento de jornais cresceram 1%.
A Cofina registou lucros de 3,5 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, um valor 6,7% abaixo do obtido no mesmo período de 2015, segundo o comunicado emitido pelo grupo à CMVM.
As receitas caíram 1,8% para 74 milhões de euros, com os proveitos de circulação a recuarem 3,2% e os de publicidade 3,8%. Pelo contrário, as receitas de produtos de marketing alternativo subiram 8,6% até Setembro.
Os custos do grupo de media, dono do Jornal de Negócios, Correio da Manhã, Sábado e Record diminuíram 0,8% para 64 milhões de euros. No entanto, "esta descida não compensou a quebra verificada nas receitas motivando uma descida do EBITDA (resultado antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) de7,1% para os 10 milhões de euros", explica a empresa liderada por Paulo Fernandes (na foto).
No que toca à divida líquida, a 30 de Setembro situava-se em 56,5 milhões de euros, uma redução de 7,7 milhões de euros face à mesma data de 2015.
Analisando as receitas por segmentos, os jornais do grupo registaram um aumento de 0,9% dos proveitos operacionais para 61,1 milhões de euros, impulsionado pela área de produtos de marketing alternativo cujas receitas aumentaram 17% para 10 milhões de euros.
As rubricas de circulação e publicidade registaram uma queda de 1,6% (para 31,8 milhões de euros) e de 2% (19,1 milhões de euros), respectivamente. O que contribuiu para uma redução de 4% do EBITDA do segmento de jornais para 10,5 milhões de euros.
Em termos de produtos, a Cofina destaca "a evolução de audiências registada no canal CMTV que, nove meses após estar disponível nas duas maiores plataformas de televisão por cabo portuguesas (Nos e Meo), apresenta um share médio (nos primeiros nove meses de 2016) de 1,9%.
As receitas operacionais do segmento de revistas recuaram 12,6% para 12,8 milhões de euros, "com todas as rubricas a apresentarem um desempenho negativo". "O esforço de controlo de custos não evitou o agravamento do EBITDA negativo, que se cifrou em -585 mil euros", explica a empresa de media.
Os proveitos de circulação decresceram 9,6% para 7,4 milhões de euros, os de publicidade 11,4% para 4 milhões de euros e os relacionados com produtos de marketing alternativo 28,1% para 1,4 milhões de euros.