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Impresa volta a disparar e já quase duplica de valor este ano

As acções da Impresa voltam a disparar esta quinta-feira, na ressaca da notícia de que a Altice renovou o interesse pela Media Capital, numa altura em que a espanhola Prisa está a tentar vender activos. O BPI diz que a Impresa é “um alvo provável” num contexto de fusões e aquisições.

O CaixaBI tem uma recomendação de “reduzir” para a Impresa, depois de as acções da cotada terem disparado 86% no ano passado, um desempenho que está relacionado com a especulação de movimentos de fusões e aquisições no sector dos media. O banco destaca que uma das fraquezas do sector está na baixa visibilidade do mercado publicitário sendo que a renegociação do contrato com a Nos é outros dos riscos.
Pedro Catarino
08 de Junho de 2017 às 11:00
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As acções da Impresa estão a subir 5,71% para 0,37 euros, tendo já tocado esta manhã nos 0,375 euros, o que corresponde ao valor mais elevado desde Abril de 2016. Desde o início do ano, os títulos da dona da estação de televisão SIC já acumulam uma subida superior a 95%.

 

A subida das acções da empresa liderada por Francisco Pedro Balsemão tem sido progressiva, mas com ganhos acentuados. Além de volumes acentuados. Só esta quinta-feira, até às 10:00, trocaram de mãos mais de 770 mil acções, o que compara com uma média de pouco mais de 550 mil acções negociadas por dia nos últimos seis meses. Nas últimas semanas foram várias as sessões em que foram transaccionadas mais de um milhão de títulos da Impresa, o que revela o interesse que tem suscitado entre os investidores.

 

A subida desta sessão surge depois de ontem ter sido noticiado que a Prisa renovou os esforços para vender a Media Capital. E a Altice está a analisar esta operação, o que eleva a especulação em torno de operações de compra no sector nacional.

"Acreditamos que a probabilidade de fusões e aquisições no sector está a aumentar, o que significa que a Impresa é um provável alvo e a Nos pode ser apanhada numa situação onde tem de fazer uma oferta por activos de media", salienta o analista do BPI, Pedro Oliveira, numa nota de análise.

 

Em Março, Miguel Almeida, presidente da Nos, deixou claro que a empresa não tenciona avançar para a compra de empresas de media de forma proactiva, sugerindo que a tomar esta decisão será à semelhança do que foi feito nos conteúdos desportivos, em que se deu início a uma guerra entre operadores. "No que toca a conteúdos de media, que tenham uma componente relevante de notícias, temos a mesmo política relativa aos conteúdos desportivos: devem ser universais", sustentou. E confessou que "enquanto empresa do sector e cidadão considera que é não é um caminho positivo para a sociedade".

 

Por estas razões, "do nosso lado não esperem nada, pelo menos de forma proactiva", acrescentou na altura Miguel Almeida. 

 

As notícias sobre o interesse da Altice na Media Capital "não constituem uma surpresa", já que esta possibilidade já circulou várias vezes, realça o analista do BPI que aponta para uma avaliação da Media Capital entre 270 e 480 milhões de euros, o que compara com os valores que foram avançadas pela Bloomberg e que apontavam para que a Prisa pretenda um encaixe entre 300 e 500 milhões com a vend da Media Capital.
 

Esta sessão ainda não foram negociadas quaisquer acções da Media Capital, depois de ontem terem subido mais de 13%, com apenas 300 acções transaccionadas. Já a espanhola Prisa está a deslizar mais de 5% para 2,525 euros, o que corresponde ao valor mais baixo de sempre.

 

Já a outra empresa de media portuguesa, a Cofina – dona do Negócios – também está a subir mais de 2% para 0,41 euros, negociando abaixo mas próximo do máximo de Fevereiro de 2016. Desde o início do ano está a subir mais de 57%, negociando também um volume superior à média, ainda assim com uma dimensão bastante inferior ao da Impresa. Esta quinta-feira já trocaram de mãos mais de 200 mil acções, quando a média diária é pouco superior a 137 mil. 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro. 

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