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Expresso Diário "é um produto assumidamente pago"

A Impresa lança esta terça-feira, 6 de Maio, o diário com a marca Expresso. É um diário digital, que pode ser comprado à semana ou em complementaridade com o semanário. Pedro Norton admite o risco, mas "vamos embarcar nesta aventura com o navio almirante".

05 de Maio de 2014 às 21:31
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"Dia 6 de Maio de 2014, Portugal volta a ter um jornal vespertino". As palavras foram de Pinto Balsemão, presidente da Impresa, na conferência de lançamento do novo diário, que terá a marca Expresso e terá como único suporte o digital.

 

É o Expresso Diário que sairá todos os dias, às 18 horas, em suporte digital. Quem compre ou assine o semanário Expresso (digital ou papel) tem acesso a estas edições de cinco dias. Quem compre o semanário ao sábado terá uma chave de acesso para as cinco edições da semana seguinte. Pedro Santos Guerreiro, director-executivo do Expresso, explicou que essa chave pode ser usada em cinco equipamentos diferentes, já que hoje em dia a mesma pessoa pode aceder à informação num computador, num tablet ou num telemóvel. O Expresso vai aumentar o seu preço de capa a partir de 10 de Maio, dia em que passará para os 3,2 euros.

 

Não é possível comprar apenas uma edição diária digital. Terá de ser pelos cinco dias. "É um jornal. Não é papel, não está nas bancas, mas é um jornal", explicou Pinto Balsemão. O fundador do Expresso garante que mantém o compromisso com o jornalismo. "Nós não olhamos para este forte investimento que estamos a fazer apenas como um investimento em tecnologia. Olhamo-lo como um forte investimento nos leitores", declarou, salientando que "o jornalismo independente exige investimento".

 

Pedro Santos Guerreiro acrescentou, por outro lado, que este projecto só acrescentou seis novos recursos humanos ao Expresso. Ricardo Costa, director do Expresso, repetiu, aliás, que quem faz o Expresso Diário "são as mesmíssimas pessoas" do semanário. Pedro Santos Guerreiro acrescentou, ainda, que "foi tudo feito internamente".

 

Ricardo Costa falou, ainda, da concepção do diário para ser lido em 20-30 minutos, tendo uma leitura rápida do que se passou durante o dia e haverá um trabalho mais analítico de cinco temas, havendo sempre a secção de cultura e lazer.

 

Assumindo o projecto como um risco, Pedro Norton não deixou, também, de falar em ambição. A Impresa faz o lançamento numa altura em que "estamos bem", diz Balsemão. 

 

O presidente executivo, Pedro Norton, falou, por outro lado, do conjunto de condições para este lançamento: "não estivemos forçados a fazer"; "é uma aposta muito séria e comprometida"; "dar o salto com um título prestigiado e reconhecido"; "é um título com capacidade de investir em processos tecnológicos e meios humanos"; "quisemos dar o salto e ensaiar um novo modelo de negócio sustentável a médio prazo, que poderá ser replicado no conjunto dos títulos da Impresa".

 

O Expresso tem, hoje, cerca de nove mil assinantes digitais. 

 

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