Notícia
Empresa da Ongoing investigada por crime fiscal
O DIAP está a investigar a falta de entrega de prestações ao Estado da insolvente ST&SF, dona do extinto Diário Económico, presidida por Nuno Vasconcellos, segundo noticia o Correio da Manhã.
A empresa do grupo Ongoing que detinha o Diário Económico, entretanto extinto, está a ser investigada pela justiça. As suspeitas do Ministério Público que visam a insolvente empresa presidida por Nuno Vasconcellos, ST&SF, prendem-se com a possível prática de crimes fiscais.
Segundo confirmou o Ministério Público ao Correio da Manhã, o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa está a investigar "factos susceptíveis de integrarem crime de abuso de confiança fiscal, relativos a falta de entrega de prestações ao Estado".
A ST&SF é a empresa em causa. Declarada insolvente, a antiga dona do extinto Diário Económico é visada por um crime de abuso de confiança fiscal, que ocorre quando não são cumpridos os deveres, a que se está legalmente obrigado, de entrega de prestação tributária ao Fisco. Ou seja, na prática, é quando se dá a retenção de montantes que deveriam ser entregues ao Estado.
O Correio da Manhã escreve que o Estado e a Segurança Social foram lesados em 5 milhões de euros por esta empresa da Ongoing.
O grupo caiu na sequência da queda do Banco Espírito Santo e da Portugal Telecom, com que tinha uma próxima relação (era accionista da operadora). A Ongoing Strategy Investments, principal sociedade, tinha dívidas de 1,3 mil milhões de euros, com destaque para Novo Banco (herdeiro do BES) e BCP.
O dono do extinto Diário Económico, agora a viver no Brasil, tinha, há um ano, uma dívida de 22,95 milhões de euros no âmbito do seu processo de insolvência pessoal. Para responder à dívida pessoal sobre o BCP, noticiava em Abril de 2017 o semanário Expresso, o empresário tinha apenas uma mota de água registada no seu nome.