Os trabalhadores do Diário Económico e da Económico TV estão desde as 0:00 desta quinta-feira em greve contra os salários em atraso e a degradação das condições de trabalho.

O site não é actualizado, desde o início da paralisação. E, devido à forte adesão da redacção, a direcção já informou, numa nota publicada no site, que não há meios para hoje produzir a edição do jornal. Por isso, amanhã, não haverá edição do Diário Económico à venda nas bancas.

No entanto, sublinham que "os telespectadores podem, naturalmente, continuar a acompanhar a informação económica no Etv".

Os trabalhadores da publicação, detida pela Ongoing, tinham ponderado desconvocar ou suspender a greve caso fossem pagos os salários relativos ao mês de Janeiro deste ano. Como só foi paga parte do ordenado relativo a esse mês, avançaram com a greve que irá decorrer até às 24 horas. Os cerca de 150 trabalhadores da empresa têm ainda em falta o mês completo de Fevereiro e o subsídio de Natal. 

"Esta greve constitui uma forma de luta contra o atraso no pagamento dos salários […] e ainda contra a drástica degradação das condições de trabalho que impõem um esforço totalmente desproporcionado aos trabalhadores para assegurarem o funcionamento dos órgãos de informação para que trabalham, sem que se vislumbre qualquer solução para a situação que vivem", como explicaram na semana passada no pré-aviso de greve.

Além do atraso dos ordenados dos trabalhadores, o grupo tem ainda em falta pagamentos a fornecedores.

Esta semana a direcção do jornal também apresentou a demissão de funções, no seguimento da ausência de soluções apresentadas por parte da administração da Ongoing.