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Banca dá três anos à Prisa para vender activos. TVI poderá ser um deles
A dona da Media Capital terá chegado a um acordo com os bancos para que não tenha de alienar activos estratégicos neste momento. A Prisa terá três anos para concretizar as vendas, sem pressões sobre o preço, e assim reorganizar as contas.
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A difícil situação financeira da espanhola Prisa não é novidade. As várias negociações com os bancos também não. É nesse sentido que surge uma nova notícia sobre a detentora da Media Capital que, por sua vez, é a dona da TVI. O jornal espanhol “El Confidencial” escreve esta sexta-feira, 27 de Setembro, que a banca decidiu dar uma almofada temporal à empresa espanhola para que ela pague as suas dívidas.
Segundo noticia o “El Confidencial”, a banca concedeu um prazo de até três anos para que a Prisa, também dona do “El País”, venda activos estratégicos. O capital obtido servirá para pagar os empréstimos às instituições financeiras. Em 2011, já tinha sido noticiado o refinanciamento até 2014 e 2015. Há uma margem por mais três anos.
A publicação, que cita fontes anónimas próximas das conversações, indica que o Santander, CaixaBank, HSBC e Bankia vão oferecer um prazo de 36 meses para a regularização da dívida, isto é, para que seja alcançado um determinado rácio de dívida face ao EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações).
Com esse prazo, a empresa liderada por Juan Luis Cebrián (na foto) não terá de vender activos num calendário apertado, o que não colocará o preço sob pressão, como poderia acontecer com o Canal+. Este terá sido alvo da terceira reestruturação de dívida e a sua venda, numa altura em que só há um potencial comprador (Telefónica), poderia ter de ser feita a um preço reduzido.
A TVI poderá ser, de acordo com o que escreve o jornal espanhol, uma das empresas que terá de ser alienada. “Segundo várias fontes, além do Canal+, a Prisa terá de alienar 17,3% da Telecinco e a sua participação na portuguesa Media Capital”, escreve o jornal. Além da TVI, a Media Capital é dona de rádios como a Comercial e a M80 e da produtora televisiva Plural.
Segundo a nota diária do BPI Equity Research, esta notícia, ainda por confirmar (já que a Prisa não fez comentários nem ao “El Confidencial” nem à Bloomberg), tem um “impacto positivo” para a dona de meios de comunicação social. Para o analista Pedro Oliveira, esta notícia deverá “retirar a espada do pescoço da Prisa”.
