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Arons de Carvalho apoia aumento da contribuição do audiovisual
O ex-secretário de estado da Comunicação Social, Alberto Arons de Carvalho, apoia a subida da contribuição para o Audiovisual, como forma de financiar o serviço público de televisão e rádio, concordando com o fim das indemnizações compensatórias à RTP.
Alberto Arons de Carvalho,ex-secretário de Estado da Comunicação Social e ex-deputado do PS, apoia a subida de 40 cêntimos da contribuição para o audiovisual (CAV), como forma de financiar o serviço público de televisão e rádio, em substituição da indemnização compensatória.
Num artigo de opinião que esta quarta-feira, 16 de Outubro, escreve no "Público", Arons de Carvalho diz que "considero a proposta adequada e corajosa", até porque "o aumento não é significativo". 40 cêntimos por mês é o aumento da contribuição para o audiovisual por lar, dando um aumento global de 28,6 milhões de euros. Arons de Carvalho defende mesmo que os jornais deviam ter noticiado os 40 cêntimos e não o bolo, o que levaria a que "a medida tivesse um impacto bem mais limitado".
Apesar de apoiar o aumento da CAV, Arons de Carvalho acredita que "o aumento da CAV poderia ser eventualmente menor se fossem previstos escalões diferentes para famílias e empresas".
O ex-secretário de estado da Comunicação Social e professor universitário lembra, ainda, que o contributo dos cidadãos para o financiamento do operador de serviço público de rádio e televisão "continua claramente abaixo da média daquilo que pagam os cidadãos dos outros países europeus, quer em valores absolutos, quer em função do PIB de cada Estado".
Também defende que a CAV é preferível à indemnização compensatória, já que "é bem mais transparente e previsível".
Arons de Carvalho defende, ainda, que todos devemos financiar o serviço público de televisão e rádio, como devemos contribuir para financiar hospitais, escolas e outros serviços do Estado "mesmo quando não os utilizamos".
Para concluir o seu artigo, Arons de Carvalho considera, no entanto, um "erro", se se avançar com a publicidade comercial na rádio pública. "Não apenas em função do escasso mercado publicitário neste meio, como da possível contaminação, até hoje inexistente, dos conteúdos do operador por interesses meramente comerciais".