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Presidente da Sonae pede para ser recebido pela ERC

O presidente da ERC, Carlos Magno, confirmou ter recebido um pedido de Paulo Azevedo para uma reunião com o intuito de abordar a operação de compra da TVI pela Altice. Magno anunciou ainda que vai reunir-se com o líder da Sonae na próxima semana.

A Sonae indicou que a guerra das promoções no retalho alimentar tem-se intensificado nos últimos meses mas, ainda assim, continua a prever uma subida das vendas. Já no retalho não alimentar, a recuperação da economia deverá dar um impulso às receitas. No caso do segmento de electrónica, por exemplo, as vendas já atingiram 1.000 milhões de euros este ano. Apesar da pressão concorrencial, os analistas do CaixaBank BPI antecipam que esse impacto seja limitado. E mantiveram a Sonae na lista das suas acções preferidas na Península Ibérica, que foi actualizada esta semana. É a única portuguesa nessa lista. Consideram que a acção está barata.
20 de Setembro de 2017 às 13:23
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O presidente da Sonae, Paulo Azevedo, pediu para ser recebido pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) no âmbito da operação de compra da TVI pela Altice, disse hoje à Lusa o presidente do regulador dos media.

"Paulo Azevedo pediu para ser recebido pela ERC e vai ser recebido no início da próxima semana", afirmou Carlos Magno.

Paulo Azevedo é presidente da Sonae, grupo que detém o título Público. Através da Sonaecom, detém uma participação indirecta na Nos, através dos 50% que tem na Zopt (os outros 50% são da Kento e da Unitel International, ligadas a Isabel dos Santos). A Zopt é detentora, por sua vez, de 52,15% da operadora. 

Na semana passada, a ERC teve reuniões com os presidentes da Altice, Patrick Drahi, e da Prisa (dona da Media Capital, Juan Luis Cebrián.

"Foi uma reunião de trabalho longa e bastante dura", disse o presidente da ERC.

Neste encontro, o patrão da Altice, grupo que comprou a PT Portugal (Meo) há dois anos, "comprometeu-se em fazer um documento escrito, dando as garantias de tudo o que afirmou na ERC", acrescentou Carlos Magno.

A ERC está a analisar a compra da Media Capital pela Altice, esperando-se que o parecer, que é vinculativo, esteja pronto depois das eleições autárquicas.

A Altice anunciou em 14 de Julho, dois anos depois de ter comprado a PT Portugal, que tinha chegado a acordo com a espanhola Prisa para a compra da Media Capital, dona da TVI, entre outros meios, numa operação avaliada em 440 milhões de euros.

Em 21 de Agosto, a ERC recebeu o pedido de parecer formulado pela Autoridade da Concorrência (AdC) sobre a operação de concentração, que consiste na compra, pela Meo - Serviços de Telecomunicações e Multimédia, do controlo exclusivo do grupo Media Capital.

Após o parecer da ERC, pode acontecer duas situações, dependendo se o regulador dos media se pronunciar de forma negativa ou favorável ao negócio.

Caso o parecer seja negativo, a operação não se poderá realizar.

No entanto, se o parecer não for negativo, a Autoridade da Concorrência continuará a sua instrução e ao fim de 30 dias úteis (contados da data da notificação e descontadas as interrupções que suspendem o prazo legal) e poderá pronunciar-se de três formas: que a operação não se encontra abrangida pelo procedimento de controlo de concentrações; não se opor à concentração; ou dar início a uma investigação aprofundada. Neste último caso, a AdC dispõe de um prazo máximo de 90 dias úteis para adoptar uma decisão final.

Na terça-feira, a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) divulgou o seu parecer sobre o negócio, onde considera que a compra da Media Capital pela Altice não deverá ter lugar "nos termos em que foi proposta", pois "é susceptível de criar entraves significativos à concorrência efectiva" em vários mercados de comunicações electrónicas.
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