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Vieira da Silva: Portugal em "condições favoráveis" na nova fase da revolução industrial

O ministro do Trabalho e da Segurança Social, José Vieira da Silva, disse hoje, no discurso do Dia da Cidade de Leiria, que Portugal parte em "condições favoráveis" na nova fase da revolução industrial permanente.  

22 de Maio de 2017 às 14:51
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No seu discurso, Vieira da Silva considerou que o facto de Portugal ter "inovação, conhecimento, capacidade de resposta, qualidade de adaptação e resolução de problemas" fá-lo partir em "condições favoráveis" na nova fase da revolução industrial.

 

"Estes serão os factores competitivos no futuro e gerarão inevitavelmente economias mais flexíveis e dinâmicas, mais diversificadas e diferenciadoras, mais abertas e mais inclusivas. Estes, esperamos que sejam os resultados desta inovação, para a qual o nosso país parte em condições mais favoráveis", sublinhou o ministro.

 

Reforçando a ideia, Vieira da Silva salientou que "inovação, conhecimento, capacidade de resposta rápida a mercados muito segmentados, diferenciação, qualidade na adaptação e na resolução de problemas são novos factores competitivos, onde se estruturam as novas vantagens".

 

"Para esta nova fase da revolução industrial permanente, Portugal parte com níveis de desvantagem inferiores àqueles que marcaram as anteriores revoluções industriais. A capacidade de produzir em massa ou a dotação em capitais são hoje factores menos relevantes", frisou o ministro, destacando a importância da "qualidade e da natureza dos recursos humanos", como tendo "tendência a serem elementos determinantes".

 

Uma das preocupações deixadas por Vieira da Silva é o facto desta nova revolução industrial ser "permanente", onde "cada dia ameaça transformar em obsoleto o modelo de organização de produção de bens e serviços".

 

Os riscos "de uma sociedade onde a transformação tecnológica tende a suprimir o trabalho humano são riscos reais e afectam toda a vida colectiva", constatou o ministro, levantando a questão: "Será que os robôs vão substituir o trabalho humano?".

 

"Este risco de desumanização do trabalho, sendo um risco real e que tem hoje características diferentes que teve no passado, é um risco cujas consequências têm, por vezes, tendência a serem distorcidas ou até apresentadas de uma forma catastrofista".

 

Vieira da Silva acrescentou que, "ao longo da história, o progresso técnico sempre criou mais postos de trabalho do que aqueles que destruiu".

 

O mais importante, avançou o ministro, "é também saber onde é que se acumularão ganhos com estas transformações e onde se acumularão perdas no espaço territorial".

 

Admitindo que "muitos novos postos de trabalho se criam com a inovação", o governante disse que "não é tão certo que os espaços económicos e territoriais onde se criam sejam os mesmos onde se destroem os velhos postos de trabalho, tornando-os obsoletos com a inovação".

 

Para Vieira da Silva, "Leiria e a sua região acumularam nas últimas décadas mais que as sementes para se baterem para estar na frente desta luta, por se inserirem em regiões ganhadoras, com a inovação".

 

No dia do Município, o presidente Raul Castro destacou os marcos nacionais e internacionais alcançados, exemplificando com o prémio conquistado pelo Museu de Leiria, numa cerimónia em Zagreb, na Croácia, que é uma espécie de "Óscares" dos museus na Europa.

 

"Se juntarmos a esta vitória a constatação de que o número de visitantes a espaços culturais do Município de Leiria, desde 2010, cresceu 300%, ficamos com mais uma prova de que é acertada a estratégia cultural que estamos a seguir, ao mesmo tempo que reforça a ambiciosa candidatura a Capital Europeia da Cultura em 2027", referiu.

 

Enaltecendo ainda o facto de Leiria estar "entre os 10 melhores municípios portugueses na representatividade na Internet", Raul Castro considerou que é o reconhecimento do trabalho, mas também contribui "para a construção de uma imagem positiva sobre Leiria".

 

"Não é por acaso que Leiria é o segundo município do país com melhor eficiência financeira entre as autarquias de maior dimensão. Não é por acaso que somos a segunda capital de distrito no ranking nacional da transparência. Não é certamente um acaso o Município de Leiria demorar hoje, em média, apenas seis dias a pagar aos fornecedores. Tão pouco o facto de, em oito anos, termos baixado a dívida de 109 milhões de euros para menos de metade desse valor", reforçou.

 

O Município homenageou com a medalha de ouro o guarda-redes do Sporting e da seleção nacional, natural de Leiria, Rui Patrício, o bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, o Comando Territorial da GNR e Manuel Ferreira, a título póstumo. Foram ainda distinguidos com a insígnia de prata a Annarella - Academia de Ballet e Dança, o empresário João Gomes e o administrador da Panicongelados, Pedro Mendes.

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