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Sumol+Compal avança com despedimento colectivo de 70 pessoas

Administração do grupo justifica reestruturação como forma de garantir “a sustentabilidade económica da empresa” de bebidas

10 de Janeiro de 2013 às 11:52
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O grupo fabricante de sumos e néctares Sumol+Compal vai avançar com o despedimento colectivo de 70 colaboradores, avançou esta quinta-feira a cotada na bolsa nacional, em comunicado enviado às redacções. No relatório de 2011, a empresa contava em 1.400 os colaboradores directos.

 

“Perante o actual cenário de crise”, explica a administração na mesma nota, “a empresa decidiu avançar com um processo de reestruturação que passará pela alteração do seu modelo organizacional e pelo reajuste de diversos processos, o que implica a redução de cerca de 70 postos de trabalho”. A reestruturação, que irá alterar o “modelo organizacional” da Sumol+Compal  e pelo “reajuste de diversos processos” na empresa, é “de carácter transversal, mas tem particular incidência nas áreas de vendas e de logística”, acrescenta .

 

O grupo adianta que “a figura jurídica escolhida” para o corte de postos de trabalho “foi o despedimento colectivo, por se considerar ser aquela que melhor defende os colaboradores abrangidos por este processo”. Defende ainda a administração da Sumol+Compal que “proporcionou condições indemnizatórias acima do mínimo legal”, sem contudo quantificar, e que “contratou uma empresa de ‘outplacement’ para apoiar a reintegração destes colaboradores no mercado de trabalho”.

 

Como justificação, a companhia que detém operações em Portugal e Moçambique, afirma que “não tem estado imune” ao “cenário recessivo” decorrente do “impacto conjugado da crise económica e do agravamento da carga fiscal nos hábitos de consumo dos consumidores portugueses”, que “têm afectado negativamente a generalidade das empresas”. Recorda que esse contexto foi aliás visível na “penalização dos resultados da empresa nos últimos dois anos”, nomeadamente até o último trimestre conhecidos: entre Janeiro e Setembro de 2012 “a empresa sofreu uma quebra de 14% das vendas em Portugal”.

 

“Com a actual reestruturação”, assegura a administração da Sumol+Compal, é pretendido “garantir a sustentabilidade económica da empresa”, dotando-se a companhia “de melhores condições para que possa voltar a crescer num futuro próximo”, prevê.  

 

A companhia espera que a concretização do processo garanta “a todas as pessoas envolvidas um tratamento com respeito, lisura e dignidade, salvaguardando a defesa dos seus interesses”. José Paulo Machado, director de pessoas, comunicação e sustentabilidade da Sumol+Compal citado na nota às redacções, defende que o objectivo é levar a empresa “a ajustar-se aos novos desafios que tem pela frente, dotando-a dos recursos e estrutura organizativa necessários para uma operação mais eficiente e permitir, de forma sustentada, um continuado crescimento da empresa com a consequente criação de valor”.  

 

A Sumol+Compal detém quatro unidades fabris em Portugal – Almeirim (sumos sem gás e vegetais), Gouveia (Água Serra da Estrela),  Pombal (refrigerantes) e Vila Flor (Frize).

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