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Siza Vieira “liga” fábricas de Rebordosa à autoestrada

A zona industrial de Paredes ganha finalmente a “muito ansiada” ligação ao nó de Gandra, prometida desde a construção da A41. A Câmara já tem novas indústrias a querer instalar-se ao longo da nova via de 1,2 quilómetros.

DR
28 de Julho de 2020 às 16:11
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Quase uma década depois de abrir ao trânsito, em abril de 2011, com o propósito de descongestionar a Via de Cintura Interna (VCI) e facilitar ligação entre o sul e o leste da região, a A41 – Circular Regional Exterior do Porto passa a ter uma ligação à Zona Industrial de Rebordosa, no concelho de Paredes, uma obra que estava prevista desde a construção da autoestrada.

A empreitada foi iniciada em outubro de 2019 e terminou em julho de 2020, num investimento de 632 mil euros (com IVA). A Via Empresarial de Rebordosa, que faz a ligação desta zona industrial ao nó da A41 em Gandra, tem uma extensão de 1,2 quilómetros. É inaugurada esta terça-feira, 28 de julho, pelo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, e pelo secretário de Estado, João Neves, antes de se reunirem com empresários do setor do mobiliário.

Ao Negócios, fonte oficial da autarquia de Paredes frisa que este acesso mais rápido à autoestrada era "muito ansiado pelos empresários e pela população" e vai permitir "fixar mais empresas ao longo da via". Em cada lado é permitida a construção a 150 metros da estrada, que abrange também uma parte da Zona Industrial de Gandra, sendo que "inclusive já há licenças submetidas na Câmara de Paredes para a instalação de novas indústrias".

Uma das empresas mais conhecidas de Rebordosa é a Febanel, fabricante de cadeiras em madeira fundada em 1992, que em julho do ano passado ali instalou uma nova fábrica de 12 mil metros quadrados, que resultou de um investimento de quatro milhões de euros. Produz cerca de 650 cadeiras por dia e exporta para 36 países, como França, Espanha, Alemanha, Reino Unido, EUA e Canadá.

Nuvens chegam ao mobiliário no outono
A par do município vizinho de Paços de Ferreira, Paredes concentra um dos maiores clusters na área do mobiliário, colchoaria, decoração, tapeçaria e iluminação. Segundo um inquérito promovido pela associação do setor (APIMA), a quebra de encomendas forçou 63% das empresas a recorrer ao regime de lay-off simplificado nos últimos meses, com a esmagadora maioria (87%) a garantir que manteve a totalidade dos postos de trabalho que tinha antes da pandemia de covid-19.

Porém, mantêm-se as interrogações sobre a reação do mercado no final do verão, com as cerca de 200 empresas que participaram neste estudo, entre 3 e 16 de julho, a confirmarem essas dúvidas no atual planeamento produtivo das empresas. Como o Negócios noticiou na semana passada, mais de 70% das empresas de mobiliário só têm encomendas para dois meses e apenas 29% das organizações têm pedidos acertados com os clientes para um período superior.

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