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Sindicato de estivadores prolonga greve até 2019
SEAL anuncia em manifestação em Lisboa o arrastamento de uma greve às horas extra que dura desde meados de Agosto. Portos da capital e de Setúbal são os mais afectados.
O SEAL – Sindicato dos Estivadores e da Actividade Logística anunciou o prolongamento até ao início de 2019 de uma greve às horas suplementares que dura desde 13 de Agosto. A greve em o seu foco num conflito nos portos de Leixões e do Caniçal, mas acaba por ter o efeito mais pesado onde o SEAL tem maior representação: Lisboa e Setúbal.
"Aprovada a extensão da greve ao trabalho suplementar até 1 de Janeiro de 2019", lê-se na página do SEAL no Facebook. O post foi colocado durante a manifestação que o sindicato liderado por António Mariano está a fazer em Lisboa, que envolve uma caminhada do Cais do Sodré até à Assembleia da República.
O SEAL argumenta que a greve se deve à discriminação dos seus sócios no porto de Leixões, o maior porto do país e onde o sindicato procurar expandir a sua força. António Mariano, em conversa com a Sábado, acusa os operadores em Leixões e o sindicato local de discriminarem o acesso dos associados do SEAL às horas suplementares e de colocarem os associados mais experientes a fazerem tarefas menores durante os turnos. "O que o capital faz é impedir esse crescimento [do SEAL] perseguindo esses trabalhadores aqui", afirma Mariano.
Uma auditoria feita pela Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), pedida pela ministra do Mar, não terá encontrado, segundo a própria Ana Paula Vitorino, as irregularidades apontadas pelo SEAL.