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PCP e a privatização da Efacec: “Um crime económico e que colocou a empresa nas mãos do grande capital alemão”
Aludindo às conclusões do relatório preliminar do Tribunal de Contas sobre a Efacec, considera que “esta situação evidencia a necessidade de uma política que rompa com a submissão do País aos interesses do grande capital e com os processos de privatização e corrupção que lhe estão inerentes”.
"As notícias vindas a público a propósito de um relatório preliminar do Tribunal de Contas sobre a Efacec, que admite a entrega de mais 80 milhões de euros (que se acrescentam aos quase 500 milhões injetados pelo Estado na empresa) ao fundo alemão Mutares confirmam, como o PCP alertou, que a privatização da empresa constituiu um crime económico", acusa o partido liderado por Paulo Raimundo, em comunicado.
Lembrando que se tratou de uma operação "concretizada pelo Governo PS, que teve o apoio de PSD, CDS, Chega e IL, bem como da própria Comissão Europeia", considera que "nas mãos do grande capital alemão" foi colocada uma empresa que "tinha sido recuperada e capitalizada pelo Estado português".
"Uma empresa estratégica para a indústria nacional, com forte impacto na região Norte do país, sujeita ao longo dos anos a sucessivos processos de privatização e cujo papel para a economia nacional está hoje a ser colocado em causa, bem como os direitos dos seus trabalhadores", insurge-se.
De resto, defende, "o que esta situação evidencia é a necessidade de uma política que rompa com a submissão do país aos interesses do grande capital e com os processos de privatização e corrupção que lhe estão inerentes – a exemplo do que envolve a criminosa privatização da TAP, com as particulares responsabilidades de PSD e CDS nesse processo – que tanto têm prejudicado os trabalhadores, o povo e o país", conclui o PCP.