A administração da Nova Pescanova, que foi constituída em 2015, decidiu vender a fábrica de Mira, em Portugal, segundo avançou a imprensa espanhola. O jornal La Opinion de La Coruña, citado pelo Jornal de Notícias, dá conta do início das negociações dos responsáveis da empresa, que esperam ter este processo terminado no espaço de um ano.

O objectivo é vender o complexo industrial de Mira, de produção de pregado em regime intensivo, uma intenção que já não é nova e que sempre esteve em cima da mesa no complicado processo de reestruturação da empresa espanhola.

O mesmo jornal galego referiu que a unidade deveria produzir 7.000 toneladas por ano, mas que mal chegou às 3.000, representando apenas 0,5% da facturação do grupo.

O Jornal de Notícias contactou um dos accionistas da unidade de Mira, que não quis comentar nem esclareceu de este processo conta com o apoio dos bancos portugueses, incluindo a CDG, que é credora de mais de 100 milhões de euros em dívida do projecto português.

A unidade foi inaugurada em 2009, num investimento de 100 milhões de euros, mas acabou por ser apanhada no processo de reestruturação da empresa espanhola, assolada por dívidas.